A Divina Magia Das Orações
(FRANCISCO VALDOMIRO LORENZ e ANTONIO OLÍVIO RODRIGUES)
Poucos há que compreendem a necessidade da prece. A conciência é o canal entre o interno e o externo e se abre às sugestões de ambos os lados. A mente negativa é presa constante de pensamentos de entidades visíveis e invisíveis e, por isso, a alma só deve ser negativa para Deus e estar em constante comunhão com ele, para evitar as impressões que tornam o caminho da vida mais difícíl, devido à confusão e às provas que resultam da ruptura da relação com o Pai. Por isso, Jesus ensinou seus discípulos a vigiar e a orar para não atraírem provas para si, como disse em Mateus, 26:41: vigiai e orai para não cairdes em tentação; o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Pela própria luta, ele compreendeu o modo de elevar seu corpo ao ponto em que correspondesse em obdiência imediata, viu que o caminho era difícil, que as provas eram muitas, que a carne cai facilmente nos hábitos mentais inferiores. Sabia que o espírito ou a conciência do homem precisa afligir-se muitas vezes para alcançar uma vitória a que o corpo não corresponderia, se não fosse elevado a um plano superior da carne. O ato de orar deve ser uma expressão tão natural na vida humana como o de respirar e ambos até têm uma íntima relação mútua. Na respiração, o indivíduo abre seus pulmões ao influxo do ar universal, e na prece ele abre sua alma ao influxo da conciência universal. Da mesma forma que o ar purifica a corrente vital do sangue nas veias, nutrindo, fortificando e curando o corpo, também o influxo do espírito divino, da suprema consciência universal, purifica a vida da alma, nutre, fortifica e cura a mente, tornando assim o ato de respirar mais perfeito e fazendo que seus efeitos no corpo sejam mais profundos e duráveis. Enquanto o homem não compreende sua verdadeira relação com Deus, não pode apreciar o verdadeiro valor da prece e dirigir seu apelo ao Pai de forma a obter resposta infalível. Paulo afirmou a necessidade desta compreensão reta, na esístola ao Hebreus, cap. XI e versículo 6: aquele que se dirige a Deus deve crer que ele existe e que é o recompensador daquele que o procura diligentemente. Devemos dirigir-nos a Deus, sabendo que ele está presente e na certeza de que, se o procurarmos com fé e desejo ardente, a recompensa ou resposta do Pai será tão certa como sua presença. Por isso, o mestre disse: preveni-vos para a hora da prova, por uma constante comunhão com o Pai. Vigie e ore, para que só receba sugestões de paz e harmonia, para que a realização do Único Supremo Poder o fortifique, em vez de ser tentando e confundido pela crença em vários poderes.
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