Cuidados Maternos E Saúde Mental
(Bowlby, J.)
A realidade do livro não retrata a brasileira. Realidade norte-americada.A tese desse livro é que o conhecimento atual da natureza humana e da parte que a família representa no desenvolvimento humano. Fornece a chave para a compreensão de forças atuantes, essas forças podem ser agrupadas de fatores econômicos, sociais e médicos.É resultado de uma pesquisa sugerida pela ONU no final da 2ª Guerra Mundial (1940/1948) em 5 países: América, Suíça, Reino Unido, USA e Holanda. Pesquisou 910 crianças e pessoas adultas para saber qual a origem dos distúrbios mentais. A pesquisa verifica as causas da doença mental e conclui que os cuidados maternos são essenciais.Concluiu que 94 das crianças viveram em instituições por 5 anos. Dessas 1/3, quando adultas, se tornaram incapazes socialmente, ½ se tornaram desordeiros / delinqüentes, pensou que por falta de cuidados maternos 94 tiveram menos adaptação social. 84 das crianças tiveram também por 5 anos em casa (bio), depois foram adotadas. 84 delas tiveram maior adaptação social.Os psicólogos judiciais trabalham hoje, nesta linha: 1º família (melhor deixar a criança com a família biológica ? pai e mãe), 2º parentes (família extensa) e 3º instituição.Para Bowbly (1988) a separação da mãe é mais danosa após 6 meses (já há identificação), a criança sofre uma série de problemas com a privação materna (cuidados parentais, relação amorosa contínua e satisfatória ? mamãe/bebê). Se não houver isso, há privação que pode ser: Parcial: criança retirada e cuidada por parentes e amigos;Total: criança hospitalizada com pessoas estranhas;Resultado: angústia, necessidade de amor, vingança, culpa e depressão. Os danos mentais podem ser permanentes e irreversíveis, dependendo do momento que ocorre, da idade, do grau e da duração.Sintomas: crianças em instituições não sorriem, não brincam, incompetente, prejuízo do sono, falta iniciativa e verbalização empobrecidas. Em alguns casos não é verdadeiro.Bowbly (1988) não fala em hereditariedade, faz analogia com a biologia. Os prejuízos do feto dependem da natureza, do dano, da idade, estrutura do psiquismo, função e maturidade do tecido).Exemplo: a rubéola prejudica (influência) o desenvolvimento da visão, audição num período de tempo x. a privação da mãe, prejudica (influência) o desenvolvimento (mental) psicológico em um período de tempo x ou y. Da mesma forma que a rubéola os danos podem ser permanentes e irreversíveis dependendo das condições. Entre 6 a 12 meses a privação é trágica, pior se o relacionamento com a mãe for muito bom. Até 5 anos o risco é maior, depois diminui.Para Bowbly a delinqüência é o resultado da privação.Bowbly só fala da privação da mãe sem pensar noutro setor. Ele cita três pontos:1º) mudança da figura materna;2º) não estabelecimento da ligação com a mãe até 6 meses e3º) de 3 a 6 meses ? de 3 a 4 anos. Na primeira fase a criança não reage, o prejuízo é irreversível. A figura do apego se estabelece aos 6 meses.Resultado: comportamento impulsivo, incapacidade para aprender com a experiência, dificuldade de pensar, lidar com as idéias, raciocínio abstrato.
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