O Décimo Homem
(Graham Greene)
Graham Greene é um escritor universal e passou por uma época em que a inteligência se focava na procura da sempre difícil simplicidade, no argumento profundamente humano e num estilo argumentista que facilmente se adapta ao cinema. Aliás esta história começou por ser argumento cinematográfico antes de dar em livro e desenrola-se em dois períodos, durante e após a segunda guerra mundial. Numa prisão alemã, um grupo de trinta presos é obrigado a escolher entre si dez homens a fim de serem fuzilados. A condição humana levada ao mais baixo nível por um opressor mais interessado em instalar a desconfiança e o terror do que em assumir os compromissos para com prisioneiros de guerra. O décimo homem a quem sai a rifa da morte (processo decidido pelos prisioneiros), advogado e proprietário, decide trocar toda a sua fortuna pela sua vida. Acaba por arranjar um candidato que se apressou a fazer um testamento a favor da sua mulher. Depois da guerra, o advogado falido decide trocar de nome e visitar a sua propriedade agora habitada pela viúva e pela sogra do preso que enriquecera antes de morrer. O drama culmina com a paixão do advogado pela viúva e com a entrada em cena de um actor, também ex-prisioneiro que se faz passar pelo próprio advogado que não o pode denunciar a fim de manter a sua falsa identidade.O décimo homem alterou todos os seus valores humanos para sobreviver, mas acaba por sucumbir ao recuperar esses valores. Será que os recupera? Será que sobrevive? Vencem o amor e os valores ou vence a tragédia? Para lêr e guardar. Para procurar o filme, se alguma vez foi acabado.
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