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Mulher Em Carreira & Mae Ideal. E? Possivel? (1)
(Eliude Santana)

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Hipótese 1: NÃO ? (Sarah Blafer, antropóloga evolucionista americana)Um eterno pesadelo para as mães que trabalham fora, serem comparadas com as mães donas-de-casa. Uma mulher que trabalha fora, é, por definição e convenção, uma mãe imperfeita, não importa quanto seja bem sucedida na profissão, quanto ganha ou quanto pesa o seu impacto na sociedade em que vive. O fator principal é o de não conseguir sacrificar inteiramente a sua vida ao serviço da prole, como sugere o instinto materno. Atire a primeira pedra, a tal mãe que, pelo menos uma vez na vida, não experimentou o clássico sentimento de culpa, por não ter havido tempo pra organizar a festinha de aniversário do filho, por seguir, quase sempre, o seu progresso escolar, virtualmente - por telefone ou e-mail, ou por deixar sempre nas mãos da baba, o termômetro pra medir a febre do filhote.O sentimento de culpa matriarcal, quer seja aceito ou removido psicanalisticamente, é fatalmente Um denominador comum entre as mães que trabalham, porque são quase todas conscientemente condicionadas pelo estereótipo cultural da ?mãe ideal?: aquela que não trabalha (fora), que prepara a torta, enxuga as lágrimas, coloca o curativo nas feridas, usa o termômetro ela mesma, e tudo com um largo sorriso nos lábios. De fato, a típica mãe que ?sofre no paraíso?, que não enterrou por baixo da ambição profissional, o celebrado instinto que ?geneticamente? deveria fazer de cada mulher uma procriadora. Mas não foi a natureza que doou esse instinto materno, como forma de comportamento afetivo-protetivo em favor dos filhos? Diriamos nós, pobres ignorantes. Errado! Pelo menos no conceito de Sarah Blaffer que no seu livro Mother Nature: a history of mothers, infants and natural selection. Demonstra que na mulher, assim como nas fêmeas de muitos primatas, o instinto primordial que as impulsiona a cuidar e proteger os filhotes, não existe. Diz que a natureza não se preocupa minimamente com questões ligadas à moral. Partindo desse pressuposto, Blaffer leva a sua tese a uma extrema provocação: ?atrás do comportamento de uma mãe, não existem explicações éticas ou afetivas pra com os filhos mas exclusivamente de sobrevivência. As mulheres da pré-história, mantinham relações com vários machos, não por prazer ou divertimento, mas porque os machos não matavam os filhos de mulheres com as quais teve um relacionamento sexual e isso permitia maior garantia de sobrevivência à prole.Quando no séc.XVII, era comum abandonar os filhos à merce das ?amas? (seca, de leite...) ou abandonados ao nascer, nos hospitais, não era por falta de amor mas porque, dessa forma, podia concentrar as poucas risorsas econômicas pra criar o primogênito, dando assim, pelo menos a um deles, um crescimento saudável pra poder garantir a continuidade da espécie.Blaffer diz que, nos nossos dias, a escolha de trabalhar fora de casa não é fruto de um egoismo feminino, ao contrário, é um método pra garantir maiores possibilidades econômicas e uma rede de conhecimentos mais ampla que poderà ser útil ao filho, no momento de procurar trabalho. Segunda Sarah, o comportamento da mulher em relação ao filho, foi, no decorrer dos tempos, adaptando-se com flexibilidade, às circunstâncias externas, aos períodos de escassez e aqueles de riqueza, com um único objetivo inconsciente: consentir a continuação da espécie humana.



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