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Khadji Murat
(Leon Tostoi)

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Khadji MuratEste conto vai retratar a rivalidade existente entre tchetchenos e russos; o tchetcheno com o qual nos ocuparemos, e que deu nome a Obra fora filho de família serva. Ao nascer seu irmão mais velho, a esposa do Senhor de seus pais, também deu à luz; sua mãe, impelida por seu pai, deixou seu próprio filho para servir de ama de leite para a patroa; em conseqüência disso, seu filho morreu. Quando o nosso tchetcheno nasceu, coincidiu nascer outro filho à patroa; porém desta vez ela negou-se a abandonar seu próprio filho em detrimento ao filho da patroa; resultado, o marido irado, investiu contra ele e só não a matou porque chegaram vizinhos a socorrê-la, porém, ficou marcada com um corte profundo, próximo ao peito, para o resto da vida. O nosso tchetcheno e seus irmãos foram criados junto aos filhos do patrão, pois o pai fora acometido de morte precoce. Viu a casa do patrão se desfazer, após a morte deste, por imprudência dos filhos e ignorância da mulher. Já adulto, a historia nos remete ao tempo que ele pediu asilo junto aos russos para combaterem um inimigo comum, que no passado havia se aproveitado da ignorância de sua patroa para tomar-lhe tudo o que o patrão deixou para ela. Para obter asilo, se entregou a um nobre comandante, que o hospedou em casa; porém logo foi transferido junto com seus muríades para um outro acampamento; o inimigo comum mantinha um trunfo contra o nosso tchetcheno, sua família. Certo dia o inimigo comum mandou chamar o filho do nosso tchetcheno para uma conversa. O rapaz tinha dezoito anos e não compreendia bem por que o pai tinha diferenças com o inimigo comum; chegando a presença do inimigo comum, este pediu para que escrevesse ao pai, para que ele se rendesse; caso contrário vazaria os olhos do filho. Carta escrita e entregue, nosso tchetcheno começou a imaginar um meio de chegar as montanhas onde poderia se aproximar e libertar sua família. O asilo de nosso tchetcheno foi mudado para mais próximo das montanhas. Chegando ao novo sítio decidiu que iria ate as montanhas e salvaria sua família. Comentou sua decisão com seus muríades e resolveram que a fuga seria no dia seguinte. Vale salientar que o nosso tchetcheno tinha permissão para cavalgar por perto do sítio, sempre escoltado e sem os seus muríades. No dia aprazado, ele se levantou antes da alvorada, despertou seus muríades e começaram os preparativos para a fuga. Em outro lugar, os encarregados de sua escolta, se preparavam também e, estranharam, ao chegarem onde o nosso tchetcheno estava, virem seus muríades também se aprontarem para sair; outro fato importante de salientar é que o nosso tchetcheno dava e entender que não compreendia o russo e, várias vezes tinha usado isto quando lhe convinha. Então, quando foi censurado pelos soldados por intentar sair com seus muríades, fez-se de desentendido e com um largo sorriso saiu a todo galope e, seus muríades com ele; rapidamente a escolta, do jeito que estava se pos a caminho, junto a ele. Em determinada hora do percurso, o nosso tchetcheno acelerou o galope, em direção à floresta, para surpresa de sua escolta. Deu-se então uma perseguição acelerada. Quando o belo e ágil cavalo do comandante da escolta se aproximou do nosso tchetcheno ele mirou, para surpresa do outro, em sua direção. Desferiu um disparo que, acertou em cheio ao comandante que, caindo, ordenou a seus homens que continuassem a perseguição. Os muríades do nosso tchetcheno abateram quase todos da escolta; o soldado mais franzino, ao ver o que acontecia, disparou em direção contrária para buscar reforços e por isso, sobreviveu. Chegando a aldeia em que o nosso tchetcheno estava sob custódia relatou o ocorrido e logo, forças vindas de várias partes partiram à caça do fugitivo. Chegando ao pé da montanha ele considerou se deveria ir pela direita, caminho mais comum, conhecido e de mais fácil acesso ou se deveria ir pela esquerda assim, despistando seus perseguidores. Resolveu ir pela esquerda e, não tardou ver ser impossível fazer a travessia. Era época de chuvas e os campos de arroz estavam muito encharcados o que dificultava e até mesmo impedia a progressão do seu caminho. Resolveu recuar e passar a noite em uma clareira próxima. Enquanto preparavam o acampamento ouviram um barulho como o de muitos cavalos se aproximando e avaliaram que seus perseguidores já sabiam onde estavam e só aguardavam o amanhecer para lançar-lhes em combate. Sendo assim, usaram o resto da noite construindo uma barricada para poderem resistir, enquanto desse, seu inimigo. Finalmente chegou o dia e começou a batalha; todos os tiros deferidos pelo nosso tchetcheno encontraram alvo certo. O inimigo recuou, mas voltou com mais ferocidade, atingindo alguns de seus muríades. Enfim, chegou a vez de ele ser atingido. Ferido pelo primeiro tiro, continuou atirando; mas logo veio o segundo e este ele considerou ser mortal. Num ato de coragem, saiu da trincheira e começou a atirar para todos os lados, logo, é claro, foi alvejado e caiu. Vários soldados se aproximaram para ver de perto aquele que foi uma lenda até então viva e, se assustaram quando ele se moveu, se levantou, e encaminhou-se até uma arvores próxima onde, finalmente morreu. Seus inimigos tiraram sua cabeça e desfilaram com ela pelas aldeias próximas para contentamento de alguns e repúdio, pelo ato bárbaro, de outros.



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