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Camões E Cervantes
(VITOR CENTURY)

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CAMÕES E CERVANTES*El-rei D. Sebastião aceitou liderar a batalha de Alcácer Quibir, no norte de Marrocos, onde o poeta genial que lhe dedicou o seu livro, teria estado, talvez noutra altura*?Imaginar hoje com poucas frases a idade média, de há cerca de 500 anos antes, a vida quotidiana, os hábitos da população, as doenças endémicas, a falta de meios humanos, técnicos, proto científicos, escolares, a organização do Estado ou outros, não é tarefa fácil de explicar.* Pretensiosismo à parte, lembrei-me de Luís Vaz de Camões, escritor, aventureiro, militar e escriturário.*A preocupação mais comum na sua época era a guerra; directa ou indirectamente essa ideia está bem vincada e registada no seu livro com o título ?os Lusíadas?, cuja primeira edição foi publicada em língua castelhana. O grande épico Se vivesse hoje não teria essa sorte; a Santa Inquisição censória só mudou de intérpretes, de nome e de época, continuando bem pior nos dias em que vivemos agora, cercados pelos autores e sistemas mediáticos elitistas de promoção industrial ou premiação literária.*Mas voltando a Camões que ficou cego de um olho, quando se preparava para fazer accionar um pequeno canhão, num acto habitual de guerra em Marrocos, é curioso notar que em mais de 60 por cento das suas frases escritas a guerra é um factor sempre presente. Sabemos que ele esteve em vários cenários de conflitos armados em Africa, Índia e China. É um escriturário participante directamente em acções de combate e um combatente sacrificado sem ignorar nunca a importância do factor cultural, como forma de disciplina e resistência moral individual, fora da moral social vigente, em situações perigosas para a vida humana e em grupo, sem ser um líder, um general ou um político; ou seja: sendo um pacífico cidadão anónimo, cuja ambição maior era retratar globalmente o estado de espírito de toda a comunidade sem críticas vãs ou destrutivas, vivendo no âmago do obscurantismo e nas trevas do subdesenvolvimento cultural supersticioso ou mesmo académico. Camões é o primeiro português, cidadão anónimo da História Universal. Aqui lhe presto a minha mítica homenagem.*****CERVANTES E CAMÕES***Cervantes é posterior a Camões: Estes dois escritores ibéricos afirmaram-se internacionalmente pelos seus temas e estilos; se Camões se inspirou numa corrente da moda literária pós renascentista, CERVANTES seguiu uma linha mais independente e muito diferente: este escritor deu origem a uma mistura confusa de ultra ficção e pré realismo simultâneos; os seus heterónimos não assumidos de Quixote e Sancho simbolizam isso mesmo, incluindo os respectivos meios de transporte animal também figurados no romance, D. Quixote da Mancha (1605), por ligação directa aos clássicos romances de cavalaria que o precederam, e por sua dama (Dulcinea), também comum ao mesmo estilo. A sua personalidade turbulenta não podia afastar-se da utopia: ou seja o seu sentido épico, embora lunático (Quixote) e heroicidade prática infantil (Sancho Pança); Cervantes e Camões dois aventureiros que gostavam de escrever, sendo que o primeiro não tinha a mão esquerda, que foi perdida numa briga ; o segundo não tinha uma vista, perdida num acidente com arma de guerra; O Poder político ibérico, quando Camões estava em fim de vida passou a ser o mesmo nos dois países (dinastia filipina, 1580); não parece ter tido alguma influência directa na literatura, ou no estilo dos dois homens de letras, e concretamente nos seus dois livros mais representativos****VITOR CENTURY



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