Primeiro As Senhoras
(Mário Zambujal)
Trata-se efectivamente de um relato de um bom malandro, mas não me parece do último, como a capa sentencia. Mário Zambujal, provavelmente por ser tão ligado ao mundo do futebol onde os personagens malandros abundam (bons e maus), inspira-se desta vez num monólogo, ou melhor, num relato na primeira pessoa, onde apenas se percebe que há um ouvinte, agente da lei. É um livro bem disposto como o sorriso permanente na cara do escritor, com uma conotação comicista, onde se retrata um personagem que o autor subentende estar em vias de extinção. Provavelmente os bons malandros mudarão de vestuário e as suas malandrices poder-se-ão sofisticar, mas no fundo, os valores e o modus vivendis não serão tão diferentes como os primeiros bons malandros que foram uma lufada de ar fresco na literatura Portuguesa no final do século XX. Um grande sucesso na carreira literária de Mário Zambujal, não ultrapassado por este último relato.
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