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O Guarani
(José de Alencar)

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O Guarani (José de Alencar- 1857)D. Antônio de Mariz,fidalgo da mais alta nobreza de Portugal, vem para o Brasil desenvolver umacolonização dentro do mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. A sua casa-forte, elevadana Serra dos Órgãos, representa um baluarte na Colônia, a desafiar o poderioespanhol, ao qual Portugal dependia ainda politicamente. Situada àsmargens do rio Paquequer, afluente do Paraíba, é abrigo de ilustresportugueses, conservadores do mesmo espírito patriótico e colonizador, masacolhe de início, cordial e ingênuamente, bandos de mercenários, homenssedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinaraum homem desarmado, a troco do mapa das famosas minas de prata. Dentro da respeitável casade D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente urdindo seu plano dedestruição de toda a família e dos agregados. em seus planos, contudo, está orapto da bela Cecília, filha de D. Antônio, mas que é constantemente vigiadapor um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa Por tê-la salvo certavez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais alta gratidão de D. Antônio emesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como a um irmão. Narrativa de momentosépicos que vão crescendo logo após o incidente em que Diogo, filho de D.Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada.Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, o índio fiel,dois aimorés caem transpassados por flechas certeiras enquanto espreitam obanho de Ceci, para logo após assassiná-la. O fato é relatado à tribo aimorépor uma índia que conseguira ver o ocorrido. Loredano vai pacientementeurdindo seu plano de destruição da família e dos agregados, dentro darespeitável casa de D. Antônio de Mariz, Em seus planos, inclui o rapto da belaCecília, filha de D. Antônio. Porém, elaé constantemente vigiada pelo forte e corajoso Peri, que em recompensapor tê-la salvo certa vez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais altagratidão de D. Antônio e mesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como aum irmão. A luta que se irá travarnão diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todosos que não o acompanhem. Pela bravura demonstrada do homem português, têmimportância ainda dois personagens: Álvaro, jovem enamorado de Ceci e nãoretribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie decomandante de armas, leal defensor da casa de D. Antônio. Durante toda a batalha quese travou, Peri, vigilante e esperto,não descuida dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas detraição ou de rapto de Ceci. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando aluta passo a passo. Num momento, dos maisheróicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta umasolução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés sãoantropófagos, desce a montanha e vai lutarcorpo a corpo contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carnedevorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: elesmorreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. Morreram muitos inimigosdurante as batalhas, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado,o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (já enamorado de Isabel, irmãadotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Este volta e diz a Cecique havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Perivolta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza opoder letal do veneno. Regressando à casa, traz ocadáver de Álvaro morto em combate com os aimorés. Acontece então o momentotrágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado,suicida-se sobre seu corpo. Loredano, crendo-se completamente seguro, tramaagora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos espera, é preso econdenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens sefecha. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possívelpara que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiamsalvar. Peri desce por uma corda através do abismo, carregando Cecíliaentorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, consegue afinalchegar ao rio Paquequer. Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até queouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem osaimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios eportugueses. Testemunhas únicas do ocorrido,Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando afúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido.Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio deJaneiro, para onde iria. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. Atempestade faz as águas subirem ainda mais. Por segurança, Peri sobe ao alto deuma palmeira, protegendo fielmente a moça. Como as águas fossemsubindo perigosamente, Peri, com força descomunal, arranca a palmeira do solo,improvisando uma canoa. O romance termina com apalmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes, o escritor ter sugerido, nasúltimas linhas do romance, uma bela união amorosa, simbolizando a semente de onde brotariamais tarde a raça brasileira...



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