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Penicilinas
(Uriel)

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PENICILINASAlexandre Fleming, ao estudar estafilococos no laboratório, observou que o fungo do género Penicillium, que contaminava uma de suas culturas, causava a lise das bactérias, sendo o caldo da cultura onde o fungo crescia, bactericida para muitos microorganismos. Essa substância bactericida recebeu a denominação de penicilina.Após vários trabalhos NA biossíntese da penicilina, o fungo Penicilliutn notatum, inicialmente usado, foi substituído pelo Penicíilium chrysogenum, que, exposto os raios X, produziu mutante altamente produtora de penicilina.Apesar de inúmeros agentes antimicrobianos terem sido produzidos desde o advento da penicilina, esta continua sendo o agente mais amplamente usado no tra­tamento de infecções.Após várias modificações estruturais, temos grande número de derivados natu­rais e semi-sintéticos das penicilinas.Os meios usuais para obtenção das penicilinas de uso terapêutico continuam sendo a biossíntese da penicilina e síntese do ácido 6-aminopenicilânico, substância que serve como substrato para as penicilinas semi-sintéticas. A obtenção das penici­linas semi-sintéticas pode se dar pela incorporação dos precursores específicos às culturas do fungo; pela modificação química das penicilinas totalmente naturais; e por síntese, a partir do ácido 6-aminopenicilânico, sendo este último método o res­ponsável pela produção comercial.As várias penicilinas apresentam mecanismo de ação e reações adversas e tóxi­cas semelhantes, havendo diferenças nas indicações terapêuticas baseadas no seu espectro antimicrobiano.O mecanismo de ação das penicilinas baseia-se na inibição da síntese de compo­nentes da parede celular das bactérias, mais precisamente na biossíntese do pepti-doglicano, macromolécula complexa que fornece estabilidade mecânica rígida, atu-ando sobre bactérias gram-positivas e gram-negativas. Apesar de as últimas possuí­rem paredes celulares mais complexas, a estrutura peptidoglicânica é semelhante.Desprovida de sua rígida parede celular, a célula bacteriana perde a proteção que necessita, em consequência de sua elevada pressão osmótica intracelular, ha­vendo lise da membrana celular e morte bacteriana. Outro fator importante está na ausência de capacidade de ação sobre as paredes celulares já existentes, atuando apenas durante a fase de multiplicação da bactéria, que ocorre no início da infecção, seguida por período de repouso relativo na multiplicação.As penicilinas podem provocar diversos efeitos adversos que variam, até certo ponto, com o tipo de preparação e a via de administração, tornando-se a penicilina injetável a maior responsável por grande número de reações. No entanto, tem-se descrito casos de reação com o uso oral.Dentre os efeitos mais comuns, temos as reações de hipersensibilidade, respon­sáveis pelo maior número de casos de alergia medicamentosa.As manifestações alérgicas que ocorrem com o uso das penicilinas devem-se basicamente à conversão de intermediários, como o ácido penicilânico, que pode reagir com determinados componentes teciduais. Anticorpos antipenicilínicos são encontrados, virtualmente, em todos os indivíduos que já usaram a substância e em muitos que estiveram expostos a ela sem nunca se aperceber disto. É possível ocor­rer reação alérgica na ausência de reconhecida exposição prévia à droga, ou logo após a administração da primeira dose, principalmente em indivíduos alérgicos. Estas reações podem ocorrer com qualquer penicilina ou qualquer dose, sendo maior o risco no indivíduo que se expõe ao uso de uma penicilina na presença de alergia a outra penicilina. Em geral, a eliminação do antibiótico resulta em rápida extinção do quadro alérgico, porém em alguns casos pode persistir por uma a duas semanas após a suspensão.A reação, de grau variável, apresenta quadros leves e moderados a fatais, que podem surgir apenas com o uso de doses pequenas do antimicrobiano. As reações de maior gravidade são as dermatites esfoliativas, o eritema multiforme, o angioe-dema, a doença do soro, a síndrome de Stevens-Johnson, a anafilaxia e o fenómeno de Arthus. As brandas e de menor gravidade incluem erupções cutâneas escarlatini-formes, morbiliformes, urticariformes, vesiculares e bolhosas; e dermatite de con-tato em farmacêuticos, enfermeiras e médicos que preparam as soluções de penicili-nas, mesmo na ausência de uso anterior da substância. Em alguns casos, a única evi­dência seria febre e eosinofïlia.Deve-se levar em consideração que a administração intradérmica de doses pequenas de penicilina, para testar a presença de hipersensibilidade, pode desenca­dear grave crise de hipersensibilidade. Assim como um teste intradérmico negativo, não indica necessariamente ausência de reações, já que em alguns casos estas ainda podem ocorrer.As reações tóxicas mais comuns incluem depressão da medula óssea, agranulo-citose e distúrbios da hemostasia.Outras alterações irritativas incluem dor e reação inflamatória no local das inje-ções intramusculares; flebite na aplicação intravenosa; náuseas, vómitos e diarreias no uso oral. A injeção acidental de penicilina G procaína em um vaso sanguíneo pode resultar em reação fatal.O mais importante efeito biológico da penicilina, independente da hipersensibi­lidade ou de reação tóxica e irritativa, é a modificação da flora bacteriana, principal­mente no uso oral das penicilinas, eliminando microorganismos sensíveis no intes­tino e nas vias aéreas superiores. A microflora normal geralmente se restabelece após a interrupção da terapêutica, porém cerca de l % dos indivíduos evoluem para a superinfecção.A base do mecanismo de resistência adquirida à penicilina consiste na produção de penicilinase, enzima que rompe a estrutura da molécula da penicilina, formando substâncias inativas, sendo produzida por grande número de microorganismos gram-positivos e gram-negativos.A principal via de eliminação da penicilina é a renal seguida pela bile, sendo nes­tes dois tecidos que a penicilina sofre maior metabolização.Há vários tipos de penicilinas, divergindo principalmente no espectro antimicro­biano, na capacidade absortiva, na distribuição tecidual e na propensão a induzir hipersensibilidade. Compartilham em muitos casos a descrição acima descrita para o grupo.Entre elas temos as penicilinas naturais, como a penicilina G e as penicilinas semi-sintéticas, como a penicilina V, a oxacilina, a dicloxacilina, a ampicilina, a amo-xicilina e a carbenicilina.



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