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Fidel Castro ( Parte Ii )
(Sebastian Balfour)

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Durante a década de setenta, enquanto termina a guerra fria e uma política de ?détente? vai proporcionando uma coexistência pacífica entre os blocos Ocidental e de Leste, Cuba e Fidel Castro atingem o apogeu EM termos de prestígio internacional. Médicos e militares cubanos estão nos mais diversos pontos do globo, apoiando governos ou grupos rebeldes, desde que isso fosse convergente com os interesses soviéticos. No entanto, em 1973 verifica-se um degelo nas relações cubano-norteamericanas, Gerald Ford é então presidente dos E.U.A., que vai até permitir a assinatura de um acordo contra o então frequente desvio de aviões e barcos. Conversações secretas entre representantes dos dois países levam a que os Estados Unidos, em 1975, votem com a maioria dos países da O.A.S. o fim das sanções contra Cuba. Fica aberta a via para a normalização das relações dos dois países.Até que em 1979 a União Soviética decide invadir o Afeganistão e uma vez mais Fidel, à semelhança do que fizera aquando da invasão da Checoslováquia, está ao lado dos soviéticos. Esta tomada de posição vai impedir que Cuba passe a integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e vai custar a Fidel a presidência do Movimento dos Países Não-Alinhados. O bom trabalho que durante anos tinha desenvolvido em prol da defesa dos interesses do Terceiro Mundo e dos países grande devedores internacionais que viam as suas dívidas atingir valores impossível de serem pagos, vai perder-se assim como o apoio de alguns países sul-americanos.Durante os anos de governação de Carter, as relações entre os dois países vizinhos tornaram-se um tanto ou quanto confusas. Em determinados momentos os indícios eram de que tudo se encaminhava para uma normalização no melhor sentido, para acto contínuo se transformar em crises que vão crescendo gradualmente de gravidade.Em Abril/1980, um grupo de cidadãos cubanos invade a embaixada do Perú em Havana com o objectivo de conseguir asilo político. A acção atinge tais proporções que em poucos dias o número de candidatos a refugiados chega próximo dos 10.000. Carter anuncia a disponibilidade dos Estados Unidos para receberem essas pessoas e quatro meses depois, após autorização governamental cubana para a saída dos cidadãos descontentes, os exilados cubanos em Miami organizam uma operação naval que vai retirar da ilha, a partir do porto de Mariel, mais de 100.000 pessoas...Com a ascensão de Ronald Reagan à presidência, em 1981, as relações Cuba/Estados Unidos vão sofrer nova deterioração. O acordo de pesca efectuado em 1977 não é renovado e o embargo comercial a Cuba é reforçado. Como o crónico problema é a economia, Fidel regressa ao ?comando? desse sector em 1984 terminando com os projectos do ?JUCEPLAN? de Humberto Pérez e declara o Ano da Rectificação com objectivos muito semelhantes, mas anteriores, aos da ?perestroika?. Infelizmente não será ainda desta vez que Cuba vencerá o ferrete do sub-desenvolvimento económico porque a sua ?teia industrial? é frágil, insípida e praticamente inexistente. O milagre do desenvolvimento será, mais uma vez, adiado e uma nova política, o Período Especial em Tempo de Paz terá início em 1990, que vai levar à redução dos subsídios alimentares, ao corte nas despesas públicas, à militarização parcial dos meios de produção, ao racionamento dos combustíveis e da energia eléctrica e à suspensão de alguns programas sociais. Estava iminente o que Fidel declarou ser a Opção Zero...Entretanto, na União Soviética, Breznev vai iniciar uma série de medidas que vão possibilitar a posterior política de ?glasnot? e o programa de reformas económicas ?perestroika? levada a efeito por Gorbatchov em meados dos anos 80. Em reflexo desta nova visão política e em favor da redução de despesas com a defesa, Boris Yeltsin vai retirar os militares soviéticos estacionados no exterior e em Junho/1993 os 500 militares constituintes da Brigada de Infantaria Motorizada e respectivas famílias, saem de Cuba. Era o adeus à ilha, porque eram os últimos...
Este livro não poderá ter um capítulo final enquanto Fidel Castro estiver vivo, porque a última palavra pertencer-lhe-á. Apesar de todos os problemas que o colapso da União Soviética lhe causou, ele continua a ser o dirigente incontestado do Estado cubano.



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- Revolução Cubana

- O Fiasco Cubano

- Correio Braziliense

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