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Mente, Cérebro E Ciência
(John Searle)

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John R. Searle, filosofo contemporâneo, apresenta neste livro alguns pontos de vista sobre a Mente, o Cérebro e a Ciência, de modo a demonstrar a sua unidade subjacente como diversos elementos de um só mundo. Como se relacionam e encaixam na nossa concepção geral do universo.À boa maneira analítica, o autor aborda diversos temas de forma simples sem no entanto perder a complexidade intelectual e técnica necessária à abordagem destas questões. Mente, Cérebro e Ciência, é o resultado de uma série de palestras, levadas a cabo por Searle e promovidas pela BBC, onde são tratados seis temas: o problema da Mente - Corpo; a mente como fenómeno biológico versos Inteligência Artificial (I.A.) e a ordenação dos termos tradicionais relacionados com o processo mental; a procura explicar a estrutura da acção humana, o método das ciências sociais no estudo do comportamento e a liberdade de vontade em relação ao funcionamento da mente.O problema da relação mente corpo, surge como ponto de partida, no sentido de clarificar a interacção entre os fenómenos mentais e o organismo. Searle, neste capítulo, admite que a posição fisicalista ingénua, que coloca o mundo como um composto de partículas físicas coexiste com a do mentalismo ingénuo que por sua vez afirma a existência efectiva de estados mentais, sendo ambas consistentes e plausíveis.Aceitar a existência da mente e do corpo como fenómenos naturais, sendo a primeira causada por uma actividade dos componentes físicos do cérebro, coloca o autor em confronto directo com a pretensão da teoria computacional em reproduzir uma inteligência artificial (I.A.) que pudesse ser produzida por qualquer outro artefacto físico desde que bem montado. De acordo com esta posição, não haveria nada de especial na constituição biológica da mente. Um qualquer computador feito com outro material, totalmente diferente, poderia executar o programa cognitivo e a reprodução da configuração exacta da mente seria uma questão de tempo. Nessa óptica, seria possível ás máquinas pensarem, uma vez que os símbolos formais possibilitariam conduzir os processos lógicos realizados pelo cérebro para um mecanismo inorgânico.Searle considera que os adeptos da chamada I.A. errariam ao considerar a mente como programa e o cérebro humano como computador digital.Inferimos de tudo isto que a falta de uma semântica não permitiria ao programa fornecer à máquina a compreensão das suas acções, pois esta não saberia o significado das expressões envolvidas ao processar as informações. Searle prossegue levantando algumas questões sobre o programa cognitivista de investigação, reflectindo sobre quais as implicações desta abordagem para o estudo da mente. Em todas as teorias computacionais, haveria certas características de fundo behaviorista e dualista, que seriam fontes de inconsistêntes. Ambas as motivações podem ser refutadas pela afirmação de que a mente nada mais é do que um fenómeno biológico natural do mundo. Resumindo, Searle propõe as seguintes teses que refutariam a postura da I.A. forte: primeiro assumindo que os cérebros causariam mentes; segundo, que a sintaxe não é suficiente para gerar a semântica; terceiro, que os computadores só são capazes de ser definidos por uma estrutura formal sintáctica; quarto, que a mente possui conteúdos mentais semânticos. Logo, conclui-se que nenhum programa possa facultar uma mente ao computador e nem sequer pode ser entendida como tal. Não é o programa que leva as funções cerebrais a causarem a mente. A biologia do cérebro exerce algum papel nisso? Tudo o que causa a mente deve ter, essencialmente, o mesmo poder causal dos cérebros humanos, o programa por si só não é suficiente.Searle ao explica a estrutura das acções humanas esclarece como ?e em que sentido o comportamento contém e é causado por estados mentais internos?. Entendendo-se por comportamento o comportamento humano voluntário e intencional, demonstrando como a acção humana se harmoniza com a sua explicação do problema Mente-Corpo e rejeita a Inteligência Artificial.Na abordagem às ciências sociais a autor considera que pelo facto de tratarem vários aspectos da intencionalidade surge uma descontinuidade entre estas e as ciências naturais e que essa descontinuidade deriva do carácter intrinsecamente mental dos fenómenos sociais e psicológicos. Desta forma Searle explora o comportamento humano no âmbito das às ciências sociais.Ao tentar responder a questões sobre o modo como nos harmonizamos com o resto do mundo, Searle tira algumas conclusões que estão implícitas nessa discussão. Se o nosso comportamento é de facto psicologicamente compulsivo, então, parece que o determinismo psicológico é uma hipótese.O comportamento das pessoas, embora determinado deixa ainda um amplo espaço para: ??elas poderiam ter agido de outra maneira?? isto leva-nos a questão da liberdade e ao conflito existente entre esta e o determinismo. A experiência da acção voluntária leva-nos a concepção da experiência no sentido de podermos optar por possibilidades alternativas. O comportamento humano consciente voluntário e intencional pressupõe sempre a liberdade.Enquanto seres racionais livres conscientes e atentos temos uma concepção do homem e do mundo. Se por ventura entendo o funcionamento do mundo, daí não posso imediatamente inferir que entendo o funcionamento do homem. SEARLE, J.R. Op. Cit, idem, cap. IV, pp. 85.



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