Cemitério De Pianos
(José Luís Peixoto)
Aqui faz-se a entrada nesse universo peixotiano opaco, lânguido e, porque não opiante? Numa narração a várias vozes, o leitor inebria-se com as histórias daquelas personagens que no início parecem felizes, cristalinas e depois se descobrem amargas, violentas, carregadas de silêncios. Silêncios como eufemismo de vidas dúbias, duplas... Silêncios que se plastificam hiperbolicamente nas acções, nos estados das personagens e nos próprios objectos. É como se tudo fosse portador de ser e de "ser-se?, o tal ser conscientemente.Mas sempre o silêncio? Silêncio só quebrados no cemitério de pianos. Simulacro de vidas? aqueles velhos, amputados e descarnados pianos?Mausoléu de instrumentos e ao mesmo tempo oratório, altar, local de peregrinação para todos. Epicentro emocional e vivencial, porque os momentos valem pelo que são e os sentidos pelo que se transformam?
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