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A Catredal Do Mar
(Ildefonso Falcones)

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Este livro é em tudo invulgar, tanto pelos temas que aborda, como pelo realismo cruel com que são relatados todos os episódios que compõem esta magnifica obra.A Catedral do Mar reporta - nos para a Barcelona da Idade Média, para a intolerância religiosa, para o obscurantismo da Santa Inquisição, para os direitos dos senhores feudais e para a escravidão dos servos da gleba. É a história de Arnau um homem simples, que ajudou de todas as maneiras possíveis, a construir um dos símbolos de Barcelona - a Catedral de la Virgem de la Mar.Arnau a personagem em torno da qual se desenrola toda a história, era filho de um servo da gleba que depois de ver a sua família e os seus bens destruídos, vitimas da brutalidade do seu senhor, arranjou coragem para se libertar e mesmo correndo risco de vida, consegue chegar a Barcelona com o seu filho ainda bebé. Barcelona do principado da Catalunha era uma cidade participativa, corporativa e selectiva, era a cidade dos grémios, onde as confrarias e os artesãos tinham poder e onde depois de viverem e trabalharem durante 5 anos consecutivos, os cidadãos se tornavam homens livres. É nesta cidade que Arnau e o pai se tornam homens livres, embora tal tarefa lhes tivesse sido dificultada pela sua família ambiciosa e pouco escrupulosa.Arnau foi um homem de sete ofícios; começou por ser um menino bem tratado, aprendeu a ler e escrever mas sentia uma necessidade imensa de ter uma mãe, o pai incutiu-lhe a certeza de que a Virgem Maria era a sua Mãe e que poderia conversar sempre com ela, assim desenvolveu uma devoção sem limites à Virgem e à igreja de Santa Maria de la Mar, no bairro -La Ribera-, que converteria a Barcelona Medieval numa cidade de mercadores, navegantes, comerciantes e cambistas.A vida resolveu que iria ser sempre madrasta com o pequeno Arnau e depois da morte de um primo a família resolveu culpa-lo a ele por esse estúpido azar e perdeu as poucas regalias que tinha. Encontrou no entanto um amigo para toda a vida, e fez desse amigo seu irmão a quem sempre protegeu e a quem incutiu também a sua devoção pela virgem. Começou a trabalhar muito cedo como palafreneiro do seu tio, mas esse trabalho durou pouco tempo uma vez que o seu pai, vítima do cunhado, foi enforcado por causa de uma disputa por pão. Arnau não aguentou a dor de ver morrer o pai por uma causa tão absurda e resolveu queimar o cadáver para que não fosse exposto nas portas de Barcelona e sofrer mais uma humilhação. Depois de andar fugido uns dias, começou a trabalhar como estivador no porto de Barcelona para se sustentar a ele e ao irmão adoptivo. Quando não havia barcos para descarregar tanto ele como os seus pares transportavam as pedras que iriam servir para erguer a Catedral de Santa Maria de la Mar, como era uma criança tornou-se o protegido de todos os estivadores do porto, que tudo faziam para que nem ele nem o seu irmão Joan ficassem sozinhos. Joan foi estudar teologia e Arnau continuou com a sua dedicação à Virgem e à sua profissão, casou com a filha de um dos seus colegas e protector , foi soldado do rei e ajudou-o a ganhar guerras. Apareceu a peste que dizimou quase metade da população de Barcelona incluindo a sua doce e dedicada esposa, mas foi a peste que lhe abriu novos caminhos. Os cidadãos de Barcelona resolveram culpar os judeus pela peste e Arnau deparou-se com uma cena de ódio indescritível e arriscou a vida para salvar a de três crianças judias.Em reconhecimento por ter salvo a vida dessas crianças um judeu riquíssimo resolveu ajudar Arnau e o mesmo tornou-se cambista e num dos homens mais ricos e poderosos de Barcelona, cabendo-lhe como reconhecimento um casamento forçado com uma protegida do rei, uma baronia e o cargo de cônsul dos assuntos marítimos.Com todo esse poder, e por ser um homem justo e extremamente correcto granjeou um ódio terrível de imensa gente incluindo a sua bem nascida mulher. Esse ódio atirou-o para os calabouços da Santa inquisição da qual também era inquisidor o seu irmão Joan. Mas esta é uma história que para variar acaba bem. As mulheres da sua vida ( a filha adoptiva, a mãe que ele nem sabia que tinha, e a primeira mulher que amou), o seu antigo escravo que negociou com o rei a sua libertação, e as confrarias de Barcelona que reclamaram a sua liberdade, conseguiram salvá-lo da morte na fogueira e devolver-lhe o seu estatuto de homem livre.Este é um livro fantástico, para ler de um fôlego só, conseguem sentir-se os odores da Barcelona Medieval, vêem-se as cores das confrarias, sente-se a textura das pedras que os estivadores carregaram para Santa Maria de la Mar. Numa palavra FABULOUSO



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