BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Ser Mulher
(Ana Miranda)

Publicidade
De Chica da Silva a Leila Diniz, a romancista,que se consagrou com o livro Boca do Inferno,faz uma viagem através da vida de personagens femininas de nossa História para refletir sobre o desafio do feminino no Brasil de hoje e de amanhã.O primeiro nome de mulher que aparece na nossa História Oficial , excetuando -se o das rainhas,que já nascem com o direito de mensão histórica,foi o da escrava forra Chica da Silva, a amante do contratador nas minas de ouro: a mulher que conseguiu tomar para si o poder de um homem,encantando-o atraves do afeto e do sexo.E quem são as outras mulheres? A marquesa de Santos,cortesã,que por amor a um homem se tornou poderosa. Também há mártires,como Joana Angélica, morta a golpe de baioneta ,uma versão nacional de Joana d´Arc;ou heroína,como Inez de Souza,que ajudou o marido governador a expulsar os invasores franceses,e Anita Garibaldi , que abandonou o lar para seguir seu amante revolucionário Giuseppe,e que fugiu de uma prisão e atravessou a nado um rio agarrada à crina do cavalo para reencontrar seu amor em Vacaria. Parece-nos que,por amor a Giuseppe,Anita abraçou um ideal.A brava patriota Maria Quitéria tinha seus próprios ideais,mas teve que se vestir de homem para assentar praça na artilharia e lutar na guerra da Independência.Formou uma companhia feminina e no final foi condecorada como cavaleiro pelo imperador. A princesa Isabel talvez seja a única mulher em nossa História que aparece frente de alguma marcante- embora contestada-transformação social.Estas mulheres formaram os paradigmas femininos da História e fazem lembrar as lendárias guerreira amazonas,que precisavam queimar o seio direito para poder atirar com arco e flecha.Por outro lado, mulheres brilharam como fachos luminosos em todas as obras de todos os poetas desde o início dos tempos; eno Brasil,na nossa história literária,encontramos a mulher,desde nossso primeiro poeta Gregório de Mattos até Drummond,em todas as obras,oscilando entre a bondade angelical e a perversidade demoníaca.Marília de Dirceu,Helena,Capitu,Ceci,Tieta,Gabriela, a metade mulher Diadorim, a Moreninha, a enigmática comedora de baratas GH, as revolucionárias Ana Palindrômica e Maria Moura. Mas isso é mulher na ficção. Na realidade,como assinala o professor Trevelyan,ela era trancafiada, surrada e atirada pelo quarto" (Virgínia Woolf).Ou na cozinha.Virgínia Woolf escreveu um ensaio sobre as mulheres e a ficção.com o sugestivo título Um Teto Todo Seu, em que nos mostra um aspecto "insignificante",mas essencial: a mulher precisa ter dinheiro e um teto todo seu se pretende mesmo escrever ficção.



Resumos Relacionados


- Às Vezes As Mulheres São Tão Frias

- Anita Garibaldi, Uma Heroína Brasileira

- Às Vezes As Mulheres São Tão Frias

- Às Vezes As Mulheres São Tão Frias

- Toda Mulher É Meio Leila Diniz



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia