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Kakende Elevado Ao Céu
(marcelo.)

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Kakende elevado ao céu Depois que o moço muito branco foi-se, ningúem sabendo como, e tanto tempo depois ainda de todos olharem os céus na vã procura de algo verossímel, para tentar explicar como ele - o moço branco - teria assim sumido como se tivesse subido aos céus de corpo e alma, Zé Kakende vagou por todos os lugares que lembrou de haver visto e conhecido.
Conversou com o cego que recebeu dele - do moço muito branco - a semente que fez brotar a árvore com folhas azuis, achando que seria possível atraves de idas e vindas as alturas das serras e montes e lugares elevados, chamar o moço muito branco, para que este os visitassem a todos, pois de tanto sumido assim se foi, que todos ainda estavam como que quase pedras em pensando como poderia ter sumido assim um moço daquele que somente bem fez e ajudou tanta gente, sem nunca ter dito uma palavra, apenas olhando com seus olhos que sorriam.
E tanto subiu aos montes e olhou as estrelas, e tanto olhou as nuvens e assobiou de encontro ao vento só para ver se ouviria alguma resposta como que ao contrário do esperado, que ele então apareceu - o moço muito branco - e sorriu com os mesmos olhos que sorria sempre.
Sorrindo assim do modo como bem conhecia o Zé Kakende, este compreendeu mas se assustou quando ele - o moço - sem dizer uma palavra e apenas sorrindo com seus olhos languidos e bons, disse que ele, o Kakende, iria com ele visitar as estrelas e ver os céus e não o oposto - que ele, o moço - iria estar de novo presente para a visita que tanto queria o Zé Kakende.
E então se deu.
Novamente cataclismos se sucederam e chuvas e trovões e relampâgos e tremores ao longe, mas todos estes sem as grandes proporções de quando o moço apareceu, anunciou a vinda de quantas bolas de fogo saídas do céu, só para saudarem o preto que fora muito querido pelo moço por o primeiro a ver nele - no moço - um ser de outras paragens e distancias outras.
E então Zé Kakende se foi num dia após todos estes cataclismos vários haverem se dado e quando o homem cego recebeu outra semente da árvore que dava folhas azuis, este soube que ele o Kakende, havia ido embora.Para outros ermos.



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