Contos Eróticos
(ahrautus)
Ilhares furtivos nos levavam a acreditar que algo especial acontecia entre nós. Não sabíamos bem o quê.A idade não nos encorajava a aproximação direta e objetiva. Apenas sorrisos que carregavam muito de carinho e desejos inconfessáveis, testemunhavam o despertar da libido.Em nossa idade meninos imberbes ainda demoravam um pouco mais a perceberem as mudanças, as descobertas de nossos corpos, agora mais prá mulheres que meninas.Nosso sorrisos, entre desajeitados e maliciosos deixam claro que um turbilhão de pensamentos nos invadem.Temos receios pelo inusitado, por não saber os motivos, por não imaginar quanto gostoso é se entregar aos ditames do corpo prenhe de hormônios.Mas, aos poucos vamos cedendo, quando surgem as oportunidades nos entregamos meio no impulso.Assim nos aproximamos em um dia qualquer, na saída da escola, trocamos um ?oi? descompromissado, sorrimos sem motivo, demos as mãos, tudo muito natural nessa idade.Ao nos tocarmos sentimos o pulsar de nossos corações, e o suor nas mãos nos denunciava. Palavras às vezes sem nexo nos diziam desejos e anseios.Tínhamos dezessete e dezenove anos. Éramos meninas-moças nos anos dourados da inocência pura sem a mídia a nos antecipar vivências.Combinamos, como álibi, estudar juntas. Nossas mães jamais imaginariam algo mais que estudos inocentes.Estudamos, trocamos olhares, muitas vezes cruzamos olhares de desejo. Quem se atreveria a dar o primeiro passo ? Como vencer a vergonha de declarar nossos desejos ?Descobrimos não precisar falar, pois apenas gestos nos levariam a nossos caminhos.Acariciamos nossas mãos, cabelos, faces, e, em algum momento como se um imã nos atraísse, nos beijamos suave, só roçamos os lábios.O suficiente para que toda nossa timidez se desnudasse e nos entregamos aos mais calorosos gestos de carinho e nossa libido se libertou.Num instante nos livramos de nossas vestes e nosso corpos imaturos se entrelaçaram. Nossas mãos ávidas de sentir nossas peles numa procura frenética pela outra, compunham mil movimentos, em todas as direções. Nossos recantos mais íntimos visitados e estimulados, nos deixavam á beira da loucura, descobríamos o prazer, sem preconceitos,. Balbuciávamos palavras sem sentido, gemidos e esgares não nos deixavam pensar. Sentíamos nossos corpos responderem aos nossos estímulos mútuos.No auge, nos abandonamos entre pernas entrelaçadas e genitais a se roçarem, mãos umedecidas pelo néctar de nossos sexos.Atingimos o ápice, olhares sem direção se chocaram, corpos trêmulos se aconchegaram, estávamos felizes.
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