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Da Morte E Sua Relação Com A Indestrutibilidade Do Nosso Ser-em-si
(Artur Schopenhauer)

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DA MORTE E SUA RELAÇÃO COM A INDESTRUTIBILIDADE DO NOSSO SER-EM-SI ? Artur SchopenhauerSchopenhauer dá tanta importância ao tema DA morte que já inicia seu livro mais importante falando da mesma. Essa ?musa da filosofia? já era assim considerada desde Platão (a Filosofia como ?preparação para a morte?) e lembra textos posteriores de Freud, sobre a pulsão de morte e de como termos a certeza dela nos influencia inconscientemente muito mais do que costumamos imaginar.O texto segue pelo caminho do racional e do consciente, mas falando desta mesma certeza, que nos leva a ?concepções metafísicas consoladoras?, colocando lado a lado religião e Filosofia. Mais tarde Nietzsche elaboraria de forma mais agressiva a questão, sendo para ele o além uma invenção dos ?fracos?, temendo a idéia da finitude.O autor fala da diferença entre a cosmogonia budista (e bramanista) e das outras religiões: para os primeiros, o homem é o próprio ser originário, cuja essência não tem nascer nem perecer (semelhante à idéia da physis). Já para os católicos e os de outras religiões, o homem teria vindo do nada e só passariam a existir com o nascer. A implicação disso é que a idéia de morte é muito mais natural, menos preocupante, para o budista, enquanto os cristãos vivem no limite entre a aniquilação total antes do nascer e a imortalidade da alma após a morte. O temor da morte, Schopenhauer coloca EM paralelo com a ?vontade de vida?, ambos existentes em homens e animais. Esse medo de morrer e apego a vida em qualquer caso, seria inclusive insensato, como Sócrates já demonstrara na Apologia de Platão (se antes da vida havia o não ser, e SE voltássemos a isso após ela, qual seria o problema?). Mas a vontade de vida seria ?cega e desprovida de conhecimento?, instintiva como nos animais desprovidos de raciocínio.Schopenhauer observa também a eterna sucessão de vida e morte nos seres (esclarecendo que nenhum ser surgiria do nada neste processo) e a maior duração desses ciclos na substância inorgânica. Questiona o porquê dos seres mais complexos nascerem e morrerem em vários ciclos enquanto a matéria inorgânica permanece quase imutável.A morte como final, como um passar do ser ao não-ser, para homens ou animais, é algo fora do bom sendo para Schopenhauer. Para ele, a energia de cada vida não se esvai para sempre com a morte, nem surge do nada quando nasce. O círculo seria o símbolo da natureza, o ?esquema de retorno? que Nietzsche depois usará de forma distinta no seu ?eterno retorno?. A essência de cada ser (sua vontade) permanece.Se uma mosca dorme e no dia seguinte volta a zumbir, ou se morre e no dia seguinte outra mosca nascida do seu ovo vem zumbir - é a mesma coisa para o autor. Assim como os dias se acabam e voltam a nascer, as estações do ano sucumbem e florescem, ?tudo existe sempre no seu lugar e na sua ocasião.? (podemos perceber aqui o conceito do trágico, também muito utilizado por Nietzsche).Para finalizar, Schopenhauer trata do egoísmo, do homem limitar toda a realidade à própria pessoa. E a morte seria o desvelar desses véus de ilusão, mostrando que o homem é parte do todo, e o todo é também o homem. Isso eliminaria toda diferença entre externo e interno (o que Freud depois diria que acontece com todas as crianças, mas que depois vão crescendo e mudando de percepção). O homem que consegue perceber isso teria uma morte tranqüila, pois conseguiu ?renunciar à sua vontade de vida?.AMOR E MORTE Dissolver-se aos elementos virar árvore, carbono, pensamento multiplicar-se em nada e paz morrer... Dissolver-se no outro tornar-se mais por ser menos derramar-se infinitamente em infinitos copos metade cheios amar... A morte ama o amor: o amor mata a morte. Fabio Rocha - 08/05/05



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