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O Encontro Marcado
(Fernando Sabino)

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A Procura: A jovem cidade de Belo Horizonte dos anos trinta a cinqüenta é o principal cenário das aventuras e desventuras de Eduardo Marciano. Filho único de uma família de classe média, Eduardo logo se mostrou inquieto. Na escola oscilou resultados medíocres e brilhantes, estes quando era do seu interesse, como impressionar seu amor, Leda, que era a primeira da classe. no colegial conhece Mauro e se tornam amigos. Através do suicídio de seu amigo Jadir, Eduardo se depara pela primeira vez com a morte. No dia anterior, tiveram uma conversa sobre o assunto. Eduardo disse que se fosse para se suicidar, ele faria antes um estrago enorme, mataria o presidente, qualquer coisa que tornasse grande aquela atitude. Jadir argumentou que quem quer morrer não pensa nessas coisas. No enterro descobriu que o garoto se matara por amor. Também a religião entra na sua vida de forma marcante. Estudando numa Escola Católica, Eduardo, depois de sair no tapa com Mauro, é chamado na sala do diretor; o temido Monsenhor. Este diante do atrevimento do rapaz lhe lança a pergunta que o perturbaria sempre: ?Você acredita em Deus??. Apesar de afirmar sem convicção que acreditava, essa dúvida passa a incomodá-lo. Eduardo se interessa por natação e descobre seu espírito obstinado, se torna campeão e detentor de recorde nacional. Mas sua vocação para escritor começa a aflorar e junto com Mauro, ganham o segundo lugar numa maratona intelectual. Vão receber o prêmio no Rio de Janeiro acompanhados do pai de Mauro. Eduardo se desvencilha dos dois e fica pela cidade gastando o dinheiro. Com seus últimos trocados compra uma revista literária e se inscreve num concurso de Contos conquistando o primeiro lugar. Não tinha nem quatorze anos. Quando se formam, Eduardo, Mauro e Eugênio, marcam um encontro para daqui a quinze anos no mesmo dia e local (na frente do ginásio da escola). Geração Espontânea:Eduardo começa a trabalhar num jornal da cidade. Conhece Hugo, que também se interessa muito por literatura. Hugo já conhecia Mauro e os três formam um grupo muito particular. Juntos desbravam a vida boêmia da cidade. Iniciam a farra na saída do Jornal, passam pelos bares e terminam à noite bêbados na Praça da Liberdade. Suas conversas são sempre impregnadas de literatura, principalmente poesia. Essa cumplicidade se reflete em códigos particulares de conduta. ?Não analisa não?. Frase sempre usada quando algum deles tentava resistir a largar qualquer coisa (algumas vezes até emprego) para simplesmente tomar um porre. ?Puxar angústia?. Eram as crises existenciais que os três ?puxavam? juntos. Eduardo conhece Antonieta, filha de ministro. A princípio não leva à relação a sério porque o mundo dos dois é muito diferente. Mas aos poucos ele percebe que algo está mudando e sua juventude feita de arroubos começa a perder sentido. Sente que estará constantemente encerrando fases e recomeçando outras e conclui que será sempre interrompido.Os Movimentos Simulados: A relação com Antonieta se acentua e eles se casam e vão morar no Rio de Janeiro. Eduardo se torna funcionário público com a ajuda do sogro Ministro. A princípio se encanta com a nova roda de amigos; poetas, escritores e intelectuais. Mas com a rotina do casamento e do trabalho ele começa a sentir dificuldade em sua produção literária. O bar freqüentado pelos novos amigos passa a ser um refúgio etílico e ele passa a se afastar da realidade. Seus valores católicos se confrontam com atitudes muitas vezes libertinas. Começam a surgir adultérios e desconfianças. Nesse ínterim, Antonieta engravida, mas perde o filho. Outra perda: Seu pai morre. Ele passa a chegar cada vez mais tarde em casa. Antonieta não agüenta e resolver terminar o casamento. Abandonado, ele passa a beber cada vez mais. Resolve ir a Belo Horizonte, visita à mãe e os velhos companheiros Mauro e Hugo. Aquele formado em medicina e trabalhando num hospital, este professor cercado de pupilos. Não encontra o refúgio que esperava. O Encontro: Na sua estada em Belo Horizontese lembra do encontro marcado a quinze anos com mais dois amigos. Um deles era Mauro, do outro não se lembrava. Resolveu ir ao encontro. Ninguém apareceu. Eduardo visita num Mosteiro Frei Domingos, um ex-colega de escola. Em meio a todo desespero que está vivendo, Eduardo Encontra no Frei um alento e passa a freqüentar o lugar. O Frei o convida a passar uns tempos lá. Eduardo vende os móveis do apartamento que vivia com Antonieta, doa seus livros a um aspirante em literatura e abandona o emprego público. Vai procurar o Frei. Antes de chegar no Mosteiro se lembra que o Frei é justamente Eugênio, o terceiro no encontro. Relata a descoberta para Domingos, mas esse não lembra. Porém isso já não importa, pois ele se sente pronto pra recomeçar.



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