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Tânia Anaya: Construindo Castelos De Vento
(Lúcio Júnior)

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Por ocasião da passagem do Dia da Consciência Negra, resolvi fazer uma coluna divulgando não a biografia, e sim a obra de uma artista ligada à cidade, mas que com certeza a maioria desconhece: Tânia Anaya, filha do pediatra Clodomiro Anaya Rojas e Dona Ângela. Tânia, através de sua arte, procura valorizar a cultura indígena e afro-brasileira. em 2005, realizou um calendário que chegou a citar a Tabatinga; em 2006 projetou e lançou outro, intitulado Meu Brasil Africano (Minha África Brasileira) junto do Ministério da Educação. Atividades culturais como as desenvolvidas Por Tânia Anaya essa permanecem iniciativas de indivíduos isolados em nossa região, onde, por exemplo, uma ativa e antiga liderança comunitária só tomou conhecimento da chamada Fundação Palmares (existente desde 1988) por intermédio de minha pessoa e da equipe da qual eu então participava. Outro fato é que o trabalho assistencial na Tabatinga, hoje saudado por todos, iniciou-se com uma sala de aula de alfabetização apoiada apenas pelo Beto. Mas voltemos para a arte: Tânia formou-se em Artes Plásticas e é Mestre em Cinema pela UFMG. Realizou três filmes curtas-metragens em desenho animado: MU, Balançando na Gangorra e Castelos de Vento. Trabalhou como animadora no filme Os Salteadores de Abi Feijó (Portugal). Atualmente reside em Brasília. Recentemente realizou dois filmes no gênero documentário, um chamado ÃGTUX, um filme que conta uma história notável dos índios Maxacali, que habitam o vale do Rio Mucuri, região nordeste de Minas Gerais, desde tempos imemoriais e que preservam de forma surpreendente sua cultura tradicional. O outro documentário (Honrados Amaros Benditos) é sobre um grupo de quilombolas. A família dos Amaros descende de Amaro Pereira das Mercês, escravo liberto que comprou terras erodidas e abandonadas nos arredores de Paracatu em fins do século XVII, após a decadência do ouro. Nesta terra, Pituba viveu com outros negros forros, constituiu sua família, dançou suas festas, plantou sua roça, criou seus poucos animais, viu a sociedade do ouro dar lugar às grandes fazendas. Os homens e mulheres do filme viveram em Pituba até o começo da década de 60. Afastados de suas terras de origem, hoje os Amaros vivem num bairro da periferia da cidade, onde permanecem plantando, criando animais e produzindo arte em seus pequenos quintais, além de dançarem em suas festas, tais como a Caretada, uma mascarada em que os homens se enfeitam com fitas e cores para louvar, durante vinte e quatro horas ininterruptas, a virtude de São João. Então louvemos também Tânia, essa cineasta de expressão nacional que é ligada a nós afetivamente, desejando a ela muito sucesso, apoio e realizações!



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