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"o Conto Da Ilha Desconhecida"
(José Saramago)

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Épara ilustrar a constante construção,a busca de completude, na qual o homem vive até o suspiro final, quando morre sem ter terminado de nascer, essa grande angústia denão nos aceitarmos finitos, que Saramago cria a metáfora O Conto da Ilha Desconhecida(1998), onde um humilde súdito de um reino, vai à porta das petições do palácio, persistentemente, requerer do rei, um barco para ir à procura de uma ilha desconhecida, para espanto do rei que afirmava não existirem ilhas desconhecidas, que estariam todas nos mapas. Por insistência e boa argumentação, o súdito sai vitorioso com a conquista do barco, é então acompanhado pela mulher da limpeza, que cansada da monotonia, do cotidiano da sua existência, resolve acompanhar o aventureiro, saindo pela porta das decisões à procura da tal ilha desconhecida.Entendemos que, nessa obra,os personagens querem descobrir a si mesmos, o sentido da sua existência, na imagem poética de uma ilha misteriosa, como são misteriosos os sonhos humanos, refletindo um anseio que é universal e que nos move desde os tempos mais remotos.É importante destacar, aqui, a exemplo de outras obras de Saramago, o tratamento dado à personagem feminina, no papel de força mediadora e profícua na realização significativa do processo de busca do autoconhecimento da personagem masculina, questionando e promovendo a reflexão sobre essa busca que é impossível de ser realizada isoladamente, mas requer uma disposição de viver junto, de pensar uma nova condição humana, envolta em princípios que caracterizam um novo ser: como a solidariedade, a confiança nos homens e o fazer constante para a transformação do individual para o coletivo, fundado numa ética humanista, que valoriza o estudo das relações do Eu em conformidade e ligação com os seus semelhantes, pois apenas dessa forma o homem pode realizar-se e ser feliz. Contrariando, assim, a ótica da modernidade, onde ser-mais é ter mais, é ocupar o primeiro lugar, é usufruir do poder e do outro, manipulando-o, numa cegueira que impossibilita ver no outro a si mesmo.
No Conto da Ilha Desconhecida, a dificuldade de visualizar e amar o invisível, de construir o novo a partir do lugar onde nos encontramos, concepção utópica de vida, que incita as ações humanas e impede a estagnação da história, nos impulsionando a mantermos a esperança, é metaforizada no fato de mais ninguém, além da mulher da limpeza, ter concordado em fazer parte da tripulação na busca da ilha desconhecida.
É cômodo viver o conhecido, o novo é assustador, é preciso ousadia para encarar o desconhecido, que às vezes somos nós mesmos, quando deixamos emergir nossos demônios, nosso lado demens que nos impulsiona a permitir o aflorar do nosso interior.



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