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O Regionalismo De Visconde De Taunay
(VISCONDE DE TAUNAY)

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O REGIONALISMO DE VISCONDE DE TAUNAY

Foi um dos primeiros prosadores brasileiros a emprestar a linguagem coloquial regional em suas obras.
Taunay tinha um agudo senso de observação e análise, aliado a uma vivência riquíssima da paisagem e da História do Brasil.
Foi um ator não denominado pelo sentimentalismo, que soube conjugar as ca-racterísticas fundamentais da estética romântica com grande acuidade na constru-ção de tipos e na descrição das paisagens brasileiras. Focalizou os usos e costumes do interior do pais, em narrativas pitorescas.
É notável como o narrador nos apresenta o choque de duas concepções de mundo extremamente diversas. Pereira, homem do sertão, preso a padrões estritos de comportamento, mantém sua bela filha Inocência reclusa. Para chegar
Taunay conta com franqueza seu relacionamento com uma jovem que co-nheceu no Mato Grosso, a partir dai percebemos a origem mais íntima da personagem-título de lnocência, protótipo da mulher sertaneja imaginada pelo autor.
Taunay foi um autor além da maioria dos romancistas, entre os quais se in-cluíam alguns que, embora também usassem temas sertanistas, não tinham realmente muita experiência do interior brasileiro. Taunay, ao contrário, es-crevia sobre o que conhecera. Aliás o próprio Taunay se manifestou sobre isso, embora não diminuísse de modo algum a importância e o valor dos outros romancistas.
Nesse romance, o rigor do observador militar que percorreu os sertões mistura-se à capacidade imaginativa do ficcionista. O resultado é um belo equilíbrio entre a ficção e a realidade, raramente alcançado na literatura brasileira até então.
Elabora diálogos com a coloquialidade graciosa e natural do novo sertanejo "Nocência", "Por que se tocou assim no quarto", "é bom não se canhar as-sim", sestiando, "Nhor-sim", "quer mecê", mas também utiliza a linguagem culta.
Reforça-se uma das principais características do Romantismo europeu: a concepção de um único e idealizado amor, cuja impossibilidade de realiza-ção leva os protagonistas à morte. (Inocência, era fiel ao seu princípio amo-roso, foi capaz de morrer de tristeza em face da ausência definitiva do ama-do.
Faz um retrato acurado de usos e hábitos do sertão mato-grossensse, que são identificados desde elementos do vocabulário até a indicação dos há-bitos que o texto apresenta, na paisagem, nos tipos humanos e na lingua-gem.
Deixa claro que considera "injuriosa" a opinião que os sertanejos têm sobre as mulheres.
Deixa bem claro que Cirino não era um homem do sertão, o que nos faz perceber a diferença marcante entre o noivo e o homem por quem Inocên-cia morre.
No período da obra, o romantismo brasileiro entrava em declínio e o Rea-lismo se aproximava, portanto, esta obra é de transição para o Naturalismo por causa de uma grande e infalível característica o homem é produto do meio ou seja, as pessoas agem de acordo com o tipo de vida que levam.
Predomina a emoção sobre a razão, além da supervalorização do amor.



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