Fatores Perpetuantes Da Dor
(Hercy Santos)
As dores devem ser analisadas quanto ao fator desencadeante, agravante e perpetuante. se a causa for uma doença reumática logo que é tratada adequadamente, pode nunca mais afetar aquele paciente. A dor lombar por uma distensão muscular, quando a crise passa, a pessoa está boa, mas temos que ver qual foi o fator que desencadeou a crise, no caso, se a pessoa pegou um peso de mau jeito, tem de ser alertado para posturas corretas de se pegar em peso. Pode ter como fator agravante a posição de sentar, de dormir,etc. E fatores perpetuantes podem ser alterações posturais, se tem uma perna maior do que outra, por exemplo, ou se uma pessoa é muito estressada, que são coisas que devem ser trabalhadas com o doente para evitar outras crises de dor na coluna.Os fatores desencadeantes ou agravantes, se não forem retirados, as dores podem retornar sempre que aquele fator estiver presente. Como uma pessoa que tenha problema de ácido úrico, quando bebe cerveja ou vinho tem crise de artrite gotosa (que não é nada gostosa, ao contrário é uma das dores mais intensas que existe).Pode haver fatores perpetuantes como o trabalho que realiza, se trabalhar pegando peso, ou sentado em condições inadequadas para seu corpo, isto gera dor por causas físicas e, emocionalmente, a pessoa passa a sentir desprazer em ter que ir trabalhar. O quadro aí já se tornou de aspecto psicossomático; a pessoa teme que ao retornar àquele serviço, vá novamente prejudicar sua saúde, mas precisa do trabalho, e isso é muito estressante. Com o tempo passa a ter medo de perder suas habilidades, de ficar com lesão séria e não ter condições para sustentar-se.De repente a ansiedade passa a ser o fator predominante, com contrações musculares involuntárias, que até podem passar desapercebidas pela pessoa, causando ansiedade, distúrbios do sono, irritabilidade. Como uma bola de neve a expressão de tudo isso vai ser a dor, que não terá cura se estes outros aspectos não forem trabalhados. A pessoa sente-se cansada, irritada e deprimida. Estes aspectos emocionais deixam os músculos mais contraídos e conseqüentemente mais doloridos. Este processo faz com que a dor vá crescendo com uma bola de neve descendo ladeira abaixo. A emoção aumenta a dor, a dor tira o sono, e a noite mal dormida gera irritabilidade.A dor passa a ser crônica, há dias em que se sente em grande intensidade, e dias mais calmos, ela pode até ser discreta ou não aparecer. As dores crônicas, são as que duram mais de um mês, ou as que, de vez em quando aparecem, atormentando a vida do paciente, e também do médico, visto que algumas dores crônicas não são fáceis de tratar, porque não se acha um fator que esteja desencadeando o sintoma, e os fatores agravantes podem ser de difícil resolução. Tirar aquela dor é difícil. As crises familiares, doenças em pessoas queridas, problemas financeiros,etc. podem desencadear ou agravar a sensação dolorosa. Nas dores crônicas a causa já pode ter sido tratada, mas o organismo permanece reconhecendo, qualquer estímulo que trafegue por aquele nervo, como sendo a sensação dolorosa, mesmo sem fatores agravantes presentes. Ocorre uma memória da dor pelo sistema nervoso, mesmo depois que a causa foi tratada, a pessoa permanece sentindo dor. O exemplo mais típico disto é a da chamada ?dor fantasma?, são casos onde um membro foi amputado, mas a pessoa permanece sentindo dor em área já retirada. O sistema nervoso interpreta, todo estímulo daquele nervo, como sendo a dor intensa que atormentava a pessoa e, provavelmente, que durou muito tempo para deixar o nervo sensibilizado. A dor, já não tem finalidade de defesa do organismo. Agora a dor tem que ser tratada. Ela não é um sinal de alerta para o organismo, tornou-se um problema por si mesma.Em todo mundo estão surgindo clínicas para tratar este tipo de dor, e muito se etm estudado para saber qual é o mecanismo que faz com que o sistema nervoso passe a interpretar qualquer impulso, como sendo a dor em um local onde não mais existe a causa. Esta ciência é chamada de Algologia.
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