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Verso De Fernando Pessoa: "o Sentido Das Cousas São As Cousas Não Terem Sentido Algum"
(Adeilton Vieira Muniz)

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Não se ouve outra coisa em nosso século senão que a vida se perdeu do sentido. Sempre se atribuiu um sentido à vida. Para tudo quiseram nos mostrar um significado. Mas osentido à vida se confunde em nosso tempo com o sentido do homem e da psicologia. Depreende-se sem esforço, como diz F. Pessoa, evitando pensar, para desse modo aprendermos algo, que há duas coisas em conexão. de um lado, a vida, e, de outro, o sentido que a acompanha. Mas ainda não temos certeza do que falamos, de sua real significação. Não sabemos se essa conexão tem algo de intrínseco ou essencial, ou se é uma coisa inventada ao longo da história, e se lhe atribuiram um sentido que não existe fora de nosso campo psicológico. Se nossa tarefa fosse fazer filosofia academica teríamos que nos perguntar uma coisa de cada vez: que é sentido?; que é vida?; que é psicologização? ou como se chegou ao homem. Mas isso não seria interessante quando se trata de um poeta do quilate de Fernando Pessoa, para o qual o homem deveria ser como a natureza: "ter apenas exterior".
E mesmo que fosse possivel encontrar as respostas no celeiro de algum filósofo antigo, medieval, moderno ou até contemporâneo, não teríamos uma verdade inconteste. Chega de se perguntar pela verdade ultima das cousas como fez Platão e toda a tradição filosófica.E comoé feito até hoje. É necessário atualmente investigar o melhor caminho, a melhor jogada, a maneira mais sutil de viver nosso presente e o que nele há. Se há capitalismo em nosso presente, por exemplo, devemos saber lidar com suas asas negras, e seu veneno que pode, no limite, vir a salvar à vida. Tentar separar, tornar as coisas excludentes pode ser um modo não muito proveitoso de lidar com a vida. Não se lança fora o veneno de uma cobra se o seu caldo oferece também a cura. O capitalismo hoje está no centro da vivência humana, já é um modo de vida, e não se pode mais negá-lo sem bons argumentos. Do mesmo modo a alma que Pessoa quer rejeitar, ou para ser mais contundente e prático, a "religião" também é um modo de vida que caminha na mesma direção.
Enquanto o capitalismo assegura que quanto mais se produz mais riqueza é gerada, e que as pessoas de mais baixo escalão poderão usufruir deste capital; assim as religiões diversas prometem também seu sentido à vida humana. Toida religião que deseja dar uma receita já está ciente de que sua receita é "falsa". Quando digo uma direção falsa à vida (seja a vida o que for) é porque não se trata da solução definitiva prometida por dada religião. Enquanto todos nós estivermos no plano psicológico, o qual é denunciado por Pessoa, estaremos sujeitos a caminhar de um lado a outro em busca do sentido prometido. Porque, o que mais uma "religião" ou um modo de vida psicológico pode estar preocupado senão com certo sentido, a quem dele necessita a esfacelar o próprio sofrimento e angústia, e busca o caminho da paz? Hoje alguma coisa me leva a dizer que, não a educação no sentido de visão de mundo, mas o festival de universidades que criam todos os dias têm a tendência a se tornarem um novo estilo religioso. Se Deus sempre esteve no centro de toda religião, no, sentido agora tradicional, hoje ao invés de convencer que há um Deus tentam convencer a melhor maneira de salvação, independente de Deus, se ele é mesmo o centro ou periferia. Acreditar em um Deus é o que não podemos dizer para uma pessoa não fazer. Sempre! haverá um Deus porque o campo psicológico que somos, esta é nossa limitação, nossa finitude, e porque todo tipo de deuses, desde os gregos, souberam tomar o pensamento do homem.



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