Uma História Aborrecida
(Chekhov, Anton)
Não me atrevo a classificar o conto de Chekhov "Uma história aborrecida". Refiro apenas o seguinte: o Classicismo é o filho do tempo e o pai da eternidade. A história de Chekhov é tão actual hoje, como no momento em que ele a escreveu. Não há nada mais eterno no ser humano do que as questões essenciais que ele coloca. As respostas variam com o desenvolvimento cultural e dependem da moda, mas as perguntas permanecem em aberto. Deste ponto de vista, de facto, o livro é Uma história aborrecida. Oh, mas que imenso prazer sentimos em torturarmo-nos repetidamente com perguntas inúteis!!! Especialmente quando temos um companheiro tão inspirador como Nikolay Stephanovitch. Cultivo uma grande afinidade com os clássicos russos. Porquê? Fácil de adivinhar. este coração terno, esta perspicaz intuição psicológica, este sentido de humor fino e alegre, este tom sincero e natural, são qualidades que encontro numa peça de Chekhov, num conto de Dostoievski. Uma ópima leitura!
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