Exclusividades Do Natal
(Bia Annes)
A expressão ? ?criar excêntricos? ? é tirada duma campanha publicitária em voga, pois faz difusão da acelerada corrida ao dinheiro. No entanto e pela proximidade ao Natal já vamos vendo excentricidades mais do que evidentes, tanto nas cidades como nas aldeias, seja na corrida aos locais de compras, seja nas ruas com iluminações ou efeitos musicais. Em certos casos o ambiente já está a ser criado desde o início de Novembro. Recentemente, num programa noticioso, foi apresentada a opinião de compradores sobre o modo como era o uso do ?cartão de crédito?, fazendo-se crer que muitas pessoas gastam para além das suas possibilidades e endividando-se para além da cobertura mesmo do subsídio de Natal... Ora, diante desta característica do nosso tempo como que poderemos tentar reflectir sobre algumas das vertentes de excentricidade com muitos dos nossos contemporâneos ? e nós mesmos! ? vivem (ou pensam viver) o Natal. Fazer festa sem atender ao festejado? Muitas pessoas ? talvez mais do que pensamos! ? deixam-se enrolar pelas solicitações do Natal de consumo, sem atenderem Àquele que se festeja: Jesus, feito Menino por amor de todos nós. O Natal celebra (mais do que comemora) o nascimento de Jesus em Belém da Judeia, que celebramos e não qualquer outro aniversário, efeméride ou feriado. Não será que tantos dos nossos festejos não têm em conta o aniversariante, mas a nossa auto-promoção? A mensagem cristã não deveria investir mais no essencial e menos na confusão de recursos, meios e interesses com nos distraímos? Este Natal que temos e vivemos não nos envergonha nem escandaliza, ao menos um pouco? Deixar-se explorar sem consciência? As mais variadas campanhas de compras, de descontos, de promoções ou de submissão ao consumismo denotam vivamente que muitos dos nossos contemporâneos pretendem encher com coisas o vazio de muitas vidas, tanto ao nível pessoal como familiar ou social. Quantos pais dão aos filhos aquilo que eles nem pediram, tentando com isso colmatar a falta de tempo que lhes dedicam. Quantos brinquedos não respondem às necessidades mais profundas de carência afectivo/psicológica de muitos dos filhos e filhas de famílias à deriva. Quantas extravagâncias natalícias que mais não revelam do que a necessidade espiritual de sentido de vida e de autênticos valores humanos! Não serão tantos dos presentes ficção de boas maneiras? Muitas prendas, que damos e/ou recebemos, não envolverão um certo misticismo oco e falso? Não tentaremos ?comprar/pagar? benefícios de todo o ano com coisas embrulhadas em papel de lustro barato ou de saldo? Celebrar a vida... aceite, simples e serena
Resumos Relacionados
- O Significado Do Natal
- O Que Significa O Natal Para Você?
- Natal
- As Prendas De Natal São Todas Necessárias?
- Consumismo No Natal
|
|