Human Comedy (la Comedie Humaine
(Balzac, Honor'e de.)
?Eu quero a unimultiplicidade, onde cada homem é sozinho a casa da humanidade.? Tom Zé Penso que somente nos comunicamos porque somos tão vastos e complexos que não conseguindo mais guardar para dentro de si todas as nossas inquietações, transbordamos... A partir deste ato nascem todas as formas de expressão. se a reflexão vem antes do agir, somos é claro resultado desta. Leia-se reflexão não como a coisa premeditada, comedida e pacientemente manifestada. Reflexão aqui para mim tem um significado mais literal (transitivo direto): Seria como uma reação imediata, impulsiva mesmo, ao mundo que nos cerca e tudo que vem dele despertando-nos os sentidos. Ao tomarmos conhecimento de todo o universo e da transitoriedade das coisas, sobretudo da nossa existência. Percebemos que somos finitos como matéria e a partir de então inventamos o riso e o humor para contrapor a tristeza de se saber temporário. Conceituamos a idéia do espírito para justificar que nossa existência não tenha sido em vão. A memória nasce exatamente da necessidade de se guardar e replicar todas inquietações e os resultados destas. Uma vez criada a memória, conseguimos então evoluir através da transferência do conhecimento de simples primatas até onde chegamos hoje. Mas por que será que pessoas em lugares distantes e/ou culturas tão diferentes conseguem se comunicar com tanta contemporaneidade? E isto não ocorre somente agora com o advento da alta tecnologia. A história está repleta de exemplos de civilizações que nunca se comunicaram, mas por haverem sido contemporâneas, viveram as mesmas inquietações e as expressaram de maneira muito comum entre elas. Os místicos chamam isto de espiritualidade, incluo-me entre eles. Uma espécie de memória inconsciente e coletiva que resume toda a humanidade em um ser divino e uno com o universo. Não me preocupo neste momento se trago um raciocínio coerente ou não. Esta é a minha reflexão imediata, mais uma vez no transitivo direto. Ainda que tentasse contê-la para que não transbordasse, mais cedo ou tarde alguém a exporia. Alguém escreverá amanhã aquilo que nos recusamos escrever hoje.
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