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Um Olhar Reflexivo Sobre O Pacto Verbal De Otávio Paz
(Clair Lima vasconcelos)

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Resenha sobre- O Pacto Verbal de Otávio PazTelevisão: Cultura e DiversidadeClair Lima [email protected] O ensaio fala sobre a participação de Otávio Paz, que salienta que na qualidade de escritor vê o tema: Televisão e Cultura, mais no âmbito da Cultura, pois não vê a televisão sob o ponto de vista da cultura vê a televisão e o que dela se espera. E começa por descrever a palavra cultura, que significa cultivar a terra para que dê bons frutos, e assim cultivar o espírito do povo para que dêem frutos. O contrário da cultura é a civilização: Civie significa cidade, e civilidade significa ser sólido com os outros.O que conta é que os homens se entendam entre si. Portanto a palavra civilização é de origem urbana e evoca a cidade, de regime político, cultura é ligada a terra, ao solo, civilização implica a idéia de construção social histórica, produção, formas de solidariedade. A sociedade inventa-se a si mesma ao fundar as instituições. A sociedade é uma linguagem. Cada sociedade tem uma cultura baseada na codificação dos seus signos: portanto dá-se o pacto verbal, que antes se dizia pacto social, e a cultura de uma sociedade não é somente material (coisas) e institucional (estruturas sociais), mas também é um signo (idéia, conceito). Essas idéias são os conceitos que andam aos pares e são de ordem moral: política, religiosa, estética, econômica As estruturas são verticais e horizontais- A relação vertical é de denominação, a relação horizontal é de rivalidade. Ambas são continuamente de antagonismo e oposição. A alta cultura do teólogo e a ?cultura? do crente apresentam diferenças, mas não existe traição na crença. O professor que na sua sala de aula explica saberes científicos como a teoria da relatividade ou a genética, pode ser um fã ardoroso do Rock, ou de romances policiais. Neste momento dá-se a fusão alta-cultura e cultura popular conversam no interior deste intelectual. Na música, pode se observar esse vaivém de culturas. Nos Estados Unidos os negros e africanos conquistaram seu espaço; a mulher como ser social na maioria dos paises ocidentais reivindicou seu papel, as minorias culturais, lingüísticas e sexuais lutaram pela inclusão. Que pode a televisão auxiliar na cultura da diversidade? Que ela seja fiel à vida, aberta, que seja plural, que deixe de lado o controle dos burocratas que só pensam em formar a uniformidade em torno do chefe, preocupados em vender este ou aquele produto. Pede-se uma variedade de canais, que se preocupem em divulgar a diversidade e a pluralidade da cultura de todos, cultura central, periférica, maiorias X minorias, críticos e dissidentes e artistas solitários. O fundamento verdadeiro da política é a conversa, mas isso só se torna possível nas comunidades pequenas. Nas sociedades modernas a televisão abrange maior espaço e tem possibilidades: exalta a incomunicabilidade e faz do chefe uma divindade que fala e não escuta e por outro lado pode estimular o diálogo social refletindo a pluralidade social sem excluir os elementos da democracia moderna. Críticos vêem a televisão como instrumento da aldeia global, uniforme, mas a história irá registrar um diálogo de culturas nacionais, ou não, haverá civilização; todos com a mesma cara, com a máscara da morte; mas a diversidade é a vida. Sociedade e comunicação são termos intercambiáveis. O fundamento social não é o pacto social, mas o PACTO VERBAL. A sociedade humana começou quando os homens falaram entre si, e seja de qualquer complexidade e índole a sua conversa; gestos, exclamações, sons que são sentidos. Uma metáfora: O PACTO VERBAL é o fundamento de nossa sociedade. A comunicação abrange todas as áreas, tais como: política, religião, economia e artes. Todos esses diálogos que se cruzam podem traduzir-se na frase: Eu sou! Desde nós somos um povo (ou a classe) até seremos destruídos por nossos crimes. A comunicação tem sido usada como metáfora para explicar todos os fenômenos em muitas ciências, desde a biologia molecular até aantropologia. Já não é a natureza o arquétipo da sociedade, mas as transformações químicas das células e dos genes. Linguagem e meios de comunicação estabelecem relações que vão da transmissão e recepção, aos sistemas de fixação e as relações mudam de natureza. Mas os significados dos vocábulos correspondem a cada significante das palavras, porém os meios de comunicação são canais onde fluem toda uma gama variada de signos e a televisão também conta com as imagens. Assim toda a linguagem da televisão ou do cinema é uma metáfora: há toda uma gramática, e uma sintaxe da televisão não uma semântica, que nos explique o sentido dos signos... Prova que as imagens se universalizam é que cada noite, numa espécie de comunhão visual vê-se na tela o papa, a atriz famosa, os políticos, os ditadores, o assassino famoso. Os meios de comunicação se entrelaçam com outros meios: as artes e a literatura. A poesia é a arte mais antiga na forma verbal. Pode ? se dizer que algumas sociedades não conheceram a tragédia, o romance ou outros gêneros, mas não há sociedades sem poemas. Na origem a poesia foi oral: recitada, declamada. A associação entre a poesia, música dança e poesia é muito antiga. Talvez tenha sido cantada e dançada. Um dia, se separaram e a poesia ganhou um reino próprio para si entre a prosa falada da conversação e o canto propriamente dito.PAZ, Otávio. O Pacto Verbal In: Convergências ensaios sobre arte e Literatura. Rio de Janeiro, Rocco, 19.



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