Sonhos ? Realidade Ou Invenção Do Subconsciênte
(Igidio Garra)
SONHOS ? REALIDADE OU INVENÇÃO DO SUBCONSCIÊNTEEle acordou sobressaltado. Tentou mexer os braços e as pernas, mas logopercebeu que estava preso. Ainda estava preso! Há quanto tempo estavaali? Naquela sala escura fética! Ele sabia cada segundo e cada minuto.Havia um relógio pregado no teto. Deitado num catre, ele via ossegundos passarem, numa noite chuvosa, tempestade trovoadas. Ah,era sempre nesse caus que ele acordava? Por quê? Porque estavagritando. Gritava por impulso, antes que seu cérebro percebesse o queestava fazendo. Simplesmente gritava e chorava. Pedia por sua mãe, porseu pai, por Deus e o que mais fosse. Ainda havia um resquício DE suafé que sobrevivera à dor.Gritou mais uma vez, pois a incisão continuava. Não! Não era umamaldita incisão, mas uma fatia do seu corpo que era cortada aos poucosenquanto ele gritava e pedia por ajuda. O corte chegara ao alto dacoxa. Podia sentir que a lâmina estava tocando o osso e agora começavaa girar para fazer o caminho inverso e cortar mais. Ele gritava. Aslágrimas escorriam por seu rosto. Pedia para que o deixassem morrer. Aspessoas na sala não ouviam, Pessoas... que pessoas, seriam seusfantasmas seus medos... suas culpas... seria espiação? Mas as sombrasapenas o observavam em meio à penumbra. Uma delas esticou o indicador etocou o sangue, levou-o à boca e experimentou. Sorriu para a mulher aolado e ela tentou fazer o mesmo. O homem da incisão, com as mãos sujas,bateu na mão dela como quem impede uma criança de tocar em um doceantes de ficar pronto.O Homem gritava impotente, enquanto um pedaço da sua coxa direita eraretirado, do mesmo modo que ocorrera à panturrilha esquerda e o peitodireito. Ouviu as pancadas um som surdo, sem vida, mas quemartelava seu cerebro como retinir de sinos... batidas repetidas,sentia na próporia carne, dentro de sua cabeça... Então Elas,terríveis, às sombras retiraram a refeição e foram partilhar em seuarremedo de eucarístia, naquela perversão que o pobre Homem es-peravaque Deus punisse logo, quanto antes melhor, mesmo que fosse depois deele final-mente morrer, outro presente divino que esperava. Ficousozinho, com o ferimento sangrando. Mas a morte não viria. E Ele oHomem era a refeição... Mas de quem da Sua malquerência, incofessos...Uma mão fria tocou sua virilha no que seria um gesto libidinoso, se nãofossem os dedos que terminavam em pequenas bocas de serpende como cincocabeças. A ?mão? cinco bocas famintas se fechavam sobre sua coxa epequenas presas injetaram veneno. Seu sangue ferveu e ele gritou aindamais.Hahahahahahahaaaaiiiiiiiiiiiiiiiii - Meu Deus, me ajuda!A criatura acabara de injetar o veneno que o faria sofrer pelaspróximas horas e impedir que morresse pela ferida. Ela andou até ele, etocou sua cabeça carinhosamente. As línguas ofídicas dos dedos roçaramem sua orelha. Então veio o hálito frio dela.- Chama teu deus precioso. ELE está gritando tanto quanto você, agora...Ele queria não ter mais razão para ouvir aquelas provocações. Querianão ter mais consciência para entender o que acontecia, porém sua menteestava tão sã, quanto como fora capturado. Pelo negro de seusubconsciente. Ele ouvia todas as provocações e sua fé se erodia. Ecada vez que sentia que perdia um pouco mais de fé, o veneno doía maise o mantinha vivo por mais tempo. Então ele voltava a ter fé, achandoque era a resposta, para então sofrer toda aquela dor de novo e chorare gritar. Eles não queriam ouvir seus pedidos e seus apelos. Mas... eonde estavam os anjos nessa hora?- Então ...Acordou.
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