O Retrato De Judite
(José Carlos Moreira)
Este romance recebeu o Prémio Lino Gomes da Costa em 2005. A acção remete-nos para outros tempos, em que de forma irónica, humorada e acutilante é-nos apresentado todo o ridículo das mordomias, burocracias, corrupções e outras coisas que tais. Coisas estas,queno geral nãosão só de outros tempos.Eram e continuarão a serpródigas. Aqui está um daqueles livros que apetece ler de um fôlego, não sendo por isso aconselhável para aqueles que usam certa literatura para combater insónias. Num mundo a alta velocidade e em que o tempo é precioso, O Retrato de Judite cumpre. Está muito bem escrito, é de fácil leitura e recheado do mais mordaz humor garantindo assim o prazer da leitura. Este Retratodo quotidiano de um agente de uma Polícia de Investigação Criminal, polícia que, contrariamente ao paralelismo que o título sugere, é de forma carinhosa apelidada de ?Julinha?. Acompanhar o dia-a-dia do agente Gervásio faz-nos acreditar que há gente com vontade de melhorar o mundo (e já agora a Polícia). Profetiza-se mesmo que a Autoridade será, cada vez mais, o garante da Justiça e dos Direitos dos cidadãos: Hoje não há suspeitos, há presumíveis suspeitos.Para, num futuro não muito distante, passarem a ser suspeitos de serem alegadamente presumíveis suspeitos.Até que a própria lei acabe com os crimes, de modo a que toda a gente seja impoluta.? Quem leu recomendou a amigos e já agora eu rewcomendo a presumíveis amigos.
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