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O Sorriso Da Sociedade
(Anna Lee)

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Ambientado no Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XX, ?o Sorriso da Sociedade? apresenta uma belle époque tropical amalucada e cheia de casos. Partindo de um acontecimento real ? o assassinato do poeta Annibal Theophilo cometido pelo escritor Gilberto Amado ? se descortinam uma série de historietas reais com personagens tais como Olavo Bilac, Coelho Neto, Euclides da Cunha, Machado de Assis, Lima Barreto, João do Rio, Oswaldo Cruz e Pinheiro Machado, entre outros. Tudo isso com uma linguagem praticamente jornalística e um enorme volume de informações retirados de jornais, documentos jurídicos, livros e escritos dos personagens e dos historiadores, dispostos de uma tal maneira a dar densidade e realidade à trama. O detalhismo é extremo. Dos personagens sabemos a idade, o endereço, o nome do pai, da mãe, da esposa, dos filhos, dos cães, onde trabalha, de onde veio, para onde vai. Nada parece ter escapado da pesquisa minuciosa da autora. Não há uma ordem temporal dominante, o tempo é deslocado para frente e para trás, um caso se originando de outro e desembocando em um terceiro, muitas vezes partindo ou terminando no próprio assassinato de Theophilo, mostrando o acontecimento sob múltiplos pontos de vista, ora se baseando no relato desta testemunha, ora no que foi noticiado, entre outros enfoques. Entre este e aquele acaso a cidade se descortina como era. É um momento intenso para o Rio de Janeiro, que, sob a administração de Pereira Passos, passa por radical reforma urbanística, com a abertura da Avenida Central (atual Rio Branco) e outros ?progressos?. ?O Rio civiliza-se?; a influência da Europa, principalmente da França, é indisfarçada. Importava-se ?não apenas figurinos e mobiliário, mas também notícias sobre peças e livros em voga na Europa, as escolas filosóficas dominantes, as estéticas, o comportamento considerado adequado e até o tipo de lazer que convinha, tudo que fosse consumível por uma sociedade sedenta de civilização?. Com um texto seguro e cheio de precisão Anna Lee dá vida há um tempo que não existe mais e nos faz sentir um certo saudosismo do que sequer vivemos: uma época que sorria na literatura. Porque ?a arte é o sorriso da sociedade, pouco importa que o artista pessoalmente sofra?. E se aquele era um tempo de alegria e risos este romance é fiel na sua reprodução na qual cada frase parecer de fato sorrir para nós.



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