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Os Cristãos E A Questão Da Vida
(B)

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Os cristãos e a questão da vida
É possível que a culpa seja do cansaço, da descrença ou, então, do vazio. Mas é profundamente arrepiante verificar que, com tantos problemas que temos para resolver, haja quem insista não na resolução dos problemas, mas na eliminação das pessoas.
É um facto que, sem vida, os vivos não têm problemas. Mas temo-los nós, os que assim pensamos e assim decidimos.
Apesar de tudo, creio ser possível entrar no debate de uma forma serena, sem polémica nem crispação. Não se entende, aliás, que a vida seja apresentada como uma questão fracturante. A vida não é fracturante; é unificante.
Se, em algum momento, se cavam fracturas em torno desta causa, é porque algo não está bem. O problema não está, por isso, na natureza da questão, mas na sensibilidade das pessoas.
Por muito que nos esforcemos, não podemos deixar de vislumbrar aqui um perigoso sintoma de decadência cívica e de desmoronamento ético.
Mas se há discussão, não podemos eximir-nos a entrar nela. Se há questionamento, não é lícito que nos furtemos a uma participação. Se há fractura e divisão, não é expectável que não tomemos uma posição.
De resto, é importante que se vinque, com precisão, donde parte a fractura: não é certamente de quem promove a cultura da vida.
Não foi deste lado que partiu a ideia de mais um referendo onde, no fundo (e para lá da espuma das palavras), se pretende oficializar uma espécie de tutela sobre a vida dos outros. Como é óbvio, isto é danoso e grave, muito grave.
Não obstante, é sem qualquer espírito controversista ou maniqueu que (muito modestamente) direi o que parece. Queria, apenas, que se pensasse (e decidisse) em função de convicções e não sob a égide de meras predisposições.
É que tenho a sensação de que se está a criar um clima acriticamente favorável à vitória do sim. Não se apresentam grandes motivos nem se alegam especiais justificações. Gera-se um ambiente, exibem-se imagens, mostram-se famosos, multiplicam-se slogans.
Os argumentos são reduzidos ao mínimo. A opinião divergente é somente tolerada e, quase sempre, hostilizada.
Reconheça-se que há um estranho consenso partidário e mediático à volta desta temática. Em quase todos os partidos e em praticamente todos os meios de comunicação social, é maioritária a propensão para o sim.
Não há dúvida de que, dado o enorme impacto destas duas instâncias, existe o perigo de se desencadear um efeito indutor no interior das pessoas. O modo como a pergunta do referendo está feita, as imagens que nos invadem e as palavras que nos chegam são de molde a operar uma espécie de anestesia nas consciências.
A própria forma como se visa enquistar a Igreja num plano estritamente religioso persegue um único objectivo: fazer passar a mensagem de que este não é o seu debate, de que esta não é a sua causa, a sua área de intervenção.
O aborto não é, de facto, uma questão religiosa; é uma questão humana. Não disse João Paulo II que «o homem é o caminho da Igreja»? Ai, portanto, dos membros da Igreja que não se preocupam com o humano! Os seguidores de Jesus Cristo sabem ser depositários de um Evangelho da Vida que não podem silenciar: «Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância» (Jo 10, 10)!
É por isso que temos de estar unidos neste debate e irmanados nesta causa. A nossa militância não é passível de conotações partidárias; a nossa militância é puramente cívica, testemunhal, coerencial. Com serenidade e paz, cabe-nos dizer que em questão não está o que está na questão.
A fórmula da pergunta esconde a realidade, almejando suavizá-la e atenuando-lhe a gravidade. Toda a gente sabe que, em rigor, despenalizar equivale a legalizar; e que interrupção voluntária da gravidez é um eufemismo para amortecer a repulsa de aborto.
Em questão está saber se queremos tornar legal o aborto por simples opção. Será que estamos dispostos a que um ser humano seja eliminado no ventre materno?
Haverá quem tenha dúvidas a este respeito?



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