Poesia
(Martinez)
De cada amigo sinto falta das palavras// Desejaria agora vencer a nostalgia que aperfeiçoa tudo/// ... Espero-te, amigo, irmão, e rogo à ignorância que roces o silêncio, que me fales com as pedras porque não posso esquecer aquele que carrega o alento. // Recordo agora o teu passo// Espero-te, amigo, irmão, restam-nos as nossas conversas// ... Quero evocar a vida De um jovem que existia, quero expressar o gozo que era ter-te próximo, o abraçar-te calorosamente apenas uma vez por ano. Espero-te, amigo, irmão, no poço da alma// ... Chuva de ouro e mel ainda que não te veja surgindo das palavras do corpo e da mente///. Se vês, amigo/// e encontras nas mãos despojos das despedidas, devolve-me ao esquecimento// ... como o momento da neve por cair. Talvez saias da luz,// ... das manhãs de verão// da tarde que começa// ... Se vês, amigo, o frio, aproxima-te dos meus dias. Vem// ... Talvez não repares no passado// e no nosso banco húmido de nomes que perdemos escurecendo dentes e ninhos sempre frágeis que descobriram tarde demais as apostas da estima. Se vês os pés, amigo, dos meus poemas pela absurda soleira do dicionário, devolve-me outra vez a arritmia da ausência, o vislumbre ténue da palavra, a rotura do meu sonho. Se sentes, agora, amigo, o perfume da quimera vem, hás-de chegar, mas vem porque pereço. ............ Como cansam as palavras quando não há sangue nos sons, quando as palavras são aromas de vazios frios. Como cansam todas as palavras quando não há carne no verso, quando caem as metáforas quais sujos ladrilhos dos livros
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