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Crônica De Hoje - A Última Madrugada
(João Paulo Cuenca)

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Crônica de hoje - A última madrugada

Na última madrugada, nos encontraremos sob um pirulito de esquina marcando o cruzamento de duas ruas que não se encontram (Rio Branco com Vinicius, Barata Ribeiro com Paissandu), e ali você apertará minha mão antes da nossa correria pelas avenidas desocupadas, entrando e saindo de jardins e parques imaginários, nossos corpos iluminados por uma lua minguantemente fria, vigiados por umas poucas janelas acesas no topo dos prédios.

Por trás delas, cortinas vermelhas guardarão o sono de sabe se lá quem, e nós dois perderemos horas sentados numa pedra de calçada, despindo as paredes num jogo de adivinhação sobre o que aconteceria por trás da fachada dos últimos andares, na penumbra dos quartos calados (uma luz de cabeceira desenha um círculo no teto, um vulto se mexe) e nos grandes salões vazios da Avenida Atlântica (quadros azuis na parede, o movimento interrompido dos bibelôs).



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