O Príncipe
(Nicolau Machiavel)
QUINHENTOS ANOS DE PRINCIPADO Temos vivido, ao longo dos quinhentos anos de história das Américas, em especial a do Sul, mais especificamente no Brasil, sob o jugo dos principados (na ótica do Príncipe), que se sucederam numa voracidade titânica de poder, parece que ainda não satisfeita. Porque digo isso? Simples. Nos governos que se tem sucedido, um após o outro, a mesma elite política e econômica, parece que agora não mais religiosa, vem se mantendo de forma hereditárianos mandos e desmandos emnosso País. Desde a sua famigerada descoberta, têem sistematicamente, explorado, espoliado, quando não, feito uma limpeza etnica dos nativos que habitavam estas paragens. Considerados como selvagens e sem alma pelos teólogos da época, porque contrariavam suas teorias, existindo (isso era impossível),foram depois considerados incapazes, para, agora, depois de quase extintos, serem reconhecidos como gente e humanos. Os negros que vieram como escravos, também por conta de uma teologia cristã, também não foram tratados de forma muito diferente. Os imigrantes que aqui aportaram com expectativas de branquamento da raça brasileira, infelizmente também não tiveram destino muito melhor, mas tivera a sorte de terem nascido brancos, e , na europa.Essa manutenção de poder tem uma explicação, simples para os nossos dias, mas compreensível para a época.A verdade, ou aquilo que era tido com verdade,é que quanto mais tempo estivesse no comando uma mesma ideologia, o continuismoia como que minando as resistências, bem como as lembranças e as causas que motivaram as tentativas de mudanças ou inovações. Por isso as dificuldades.Esta situação política tem estado assim no Brasil, porque, para cada novo governante que assumiu, com as negociações devidas encaminhadas pelos grupos corporativistas, à custa de preservar privilégios tradicionais, lutavapara manter as regras que haviam conduzido ate então a convivência harmoniosa das instituições (como se fora possível), especialmente as instituições das oligarquias, dopatriarcado e da propriedade que, mesmo soprando ventos novos, continuam intocáveis. Assim, governar sob o peso de uma tradição, nunca foi muito difícil, porque bastava não desprezar as regras construidas, justas ou injustas, pelos antepassados (para eles serviu), contemporizando os acontecimentos atualizados, colocando panos quentes, não permitindo as inovações, uma vez que estas trariam a reboque, mudanças, que a classe dominante não estaria preparada para administrar e muito menos aceitar, uma vez que teriam que ser reavaliadas as relações de poder.Parece que uma nova história começa a ser escrita. Quem sobreviver, poderá contar como foi.
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