Tristan, Cavaleiro De Arthur
(Loreana Valentini)
É extremamente interessante a iniciativa desse site! Meus parabéns aos criadores! Não há preço pela cultura. Minha primeira escolha para um resumo, é meu próprio romance: Tristan, Cavaleiro de Arthur, Ed. Iluminuras. A história de Arthur é universal, além de servir como paradigma para outras sagas mitológicas. A lenda já foi narrada várias vezes, pelos mais renomados autores, sendo que Arthur sempre recebeu a primazia dos escritores. Foi o que me levou a escrever Tristan, que como Arthur, é uma lenda celta, só que mais tardia - provavelmente do séc. VII ou VIII, enquanto que os lais (cantigas) de Arthur remontam ao séc. V.Em meu livro, preferi colocar Tristan como personagem principal, além de tê-lo como uma testemunha para os acontecimentos ligados aos cavaleiros de Arthur, inovando a forma como a lenda nos é contada. Modifiquei certos aspectos mágicos no mito, especialmente no de Tristan, que também é universal. Ora, quem já não ouviu falar da famosa 'poção do amor'? Tristan é uma personagem instigante para se trabalhar; além de toda a mística em torno de seu nome - que procurei explicar no romance - há o conflito dos mais nobres sentimentos, como amor, confiança, honra. Tais circunstâncias ocorrem quando ele sente-se atraído pela rainha de Cornwall, Iseult, e esposa de seu tio, Rei Marc.Seguindo seus passos, criei como seria o desenrolar de seus dias se se encontrasse com Arthur e seus mais notáveis guerreiros. Nesse trecho, temos a figura controversa de Lancelot. O triângulo amoroso entre Athur-Lancelot-Guinevere é explorado por um outro ângulo. Ao fim, também conforme o mito, Tristan encontrará com uma segunda Iseult, duquesa da Armórica, hoje, França, e o local onde selará seu destino. Além de concentrar-me propriamente no mito, procurei situar a história onde presume-se que tais fatos tenham acontecido. Arthur não foi nada mais do que um líder bretão, conforme unanimidade dos historiadores, sendo que toda a fantasia ao seu nome, como Camelot, foi criada pelas palavras de Chrétien de Troyes, de Thomas Malory, Alfred Tennyson, entre outros. Com Tristan, foi semelhante. Marie de France foi uma das primeiras a escrever sua história; conforme o tempo, novos fatos seriam acrescentados - como o filtro do amor, que, como o cálice do Graal, foi uma forma de cristianizar o mito. Outros escritores e poetas, como Bédier, Gottfried von Strassburg, deram suas versões. Até mesmo Richard Wagner criou uma versão para o mito.Todo esse fascínio, que sempre senti por história antiga, mitos, lendas, civilizações perdidas, me fez passar quatro anos lendo e pesquisando para montar meu romance. Incluo o tempo que levei para encontrar uma editora, o que não foi nada fácil. Afinal, não é muito usual brasileiros lançarem romances com mais de 200 páginas... O que dizer de uma escritora iniciante?Procurei encaixar cenas de batalhas - afinal, era um período violento -, mas não deixei de incluir o ciclo amor/morte entre Tristan e Iseult, os infelizes amantes. Vale dizer que foi com base nesse mito, que nasceu Romeo e Julieta, assim como recentemente houve uma adaptação para o cinema, de Kevin Reynalds. Uma produção boa (versão mais próxima do mito, do que o desastroso Eterno Retorno, filme francês) ; apenas a dramatização deixou a desejar.Loreana Valentini
Resumos Relacionados
- Tristan And Isolde
- As Brumas De Avalon
- Beijada Por Um Anjo - Almas Gêmeas
- Le Morte D'arthur
- O Rei Arthur
|
|