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O Cheiro De Deus
(Roberto Drummond)

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O
Cheiro de Deus de Roberto Drummond foi o romance onde surgiu a
personagem que fez furor na televisão, na pele da atriz Ana Paula
Arósio, na minissérie de 1988 da Rede Globo
São
Paulo - Depois de 11 anos e várias versões, o autor do romance Hilda
Furacão publica o livro em que surgiu a personagem: Hilda, que em 1998
tornou-se nacionalmente conhecida com a exibição da minissérie da Rede
Globo, era uma coadjuvante em O Cheiro de Deus, que agora chega à
livrarias publicado pela Objetiva.
Cheiros,
na verdade, são uma obsessão na obra de Drummond. Eu não tinha
percebido, até que uma pesquisadora de Juiz de Fora, Miriam Delgado
Senra Duque, me enviou uma relação de cheiros em todos os meus livros;
todos eles têm cheiro, conta Drummond. Em Sangue de Coca-Cola, por
exemplo, o leitor abre o livro e logo é informado que e trata de um relato de alucinações num dia 1.º de abril que cheirava a carnaval.
Outra
obsessão é seu nome de família. Se Hilda Furacão era narrada por um tal
de Roberto Drummond, dessa vez toda a trama gira em torno dos Drummond,
uma estranha família do interior de Minas, em que os casamentos
incestuosos são freqüentes e todos os homens têm nome de uísque,
representando a fixação dos seus parentes com a linhagem escocesa.
Aprendi
com Thomas Mann e Ivan Turguenevi que, se você tem uma família, não
precisa inventar outra, brinca Drummond. Segundo ele, seu Drummond é
mais puro" que o do poeta Carlos Drummond de Andrade, um parente
distante, porque há mais casos de casamentos co-sanguíneos em sua
família. Coloquei todo o folclore, as lendas e as idéias fixas da
família no livro, diz Drummond.
A
protagonista, desta vez, é Inácia Micaéla, uma mulher de 65 anos, cega
e que, cada vez mais, apura seu olfato, tentando descobrir qual é o
cheiro de Deus. Em busca desse cheiro, chega a acreditar que talvez ele
se assemelhe às coisas mais estranhas - como o cheiro da classe
operária.
Micaéla
tem como inimigo o Coronel Bim Bim, que vai a Belo Horizonte com o
intuito de cortar a cabeça de Micaéla e pendurá-la no casarão de 28
janelas. Na verdade, eles, que defendem as cores da UDN e do PSD
(partidos que dominaram a cena política brasileira de 1945 a 1964),
vivem uma paixão inconfessável.
Drummond
tem clara preferência pelo PSD. Era assim mesmo: o dr. Hilton Rocha
existiu, um coronel Bim Bim existiu, Barbacena vivia uma disputa que
transpus para a fictícia Cruz dos Homens, relata Drummond. A
sabedoria do PSD era maravilhosa; a política de verdade era essa
antiga, a de hoje não corresponde à realidade brasileira.



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