Pareceres Do Tempo
(Humberto Sales)
Em viagem para a Índia, morre num naufrágio um fidalgo português, que para ali rumava Em desincumbência de missão oficial. Seu filho único. Antônio José Pedro Policarpo Golfão, recebe do governo de Portugal, em recompensa do sacrifício do extinto fidalgo, uma sesmaria no interior do Brasil, então colônia da Coroa Portuguesa. Preparativos do aquinhoado para a longa viagem, e finalmente sua partida, a fim de tomar posse das terras que na boa forma de lei de Deus e dos homens lhe foram doadas. Policarpo Golfão visita o ouvidor-geral Teodoro Rumecão, em companhia do sobrinho-neto dessa autoridade, padre Salviano Rumecão, que era, também por sua condição de parente, hóspede habitual do seu tio-avô. Numa janela do Solar dos Sete Candeeiros, vê Policarpo Golfão, pela primeira vez, uma formosa donzela, que depois, vem a saber tratar-se de Liberata, filha do ouvidor-geral. Policarpo Golfão deixa a vila de Monte Alto e, em companhia do Fidalgo, ruma para Cuja d'Água. Primeiras impressões do lugar onde seria construída a sede da futura fazenda. Toma conhecimento da presença, em suas terras, dos índios Maracás, e ouve conselhos que a respeito deles lhe dá o Fidalgo. Conhece o trabalho de catequese desenvolvido na região pelo padre Gumercindo e pelo padre Salgado. A região de Cuia d'Água tem excelentes terras e pastagens nativas. Policarpo Golfão dá inicio às obras da instalação da fazenda em Cuja d'Àgua, arruma para isso trabalhadores de ofícios vários, com a ajuda do Fidalgo. Uma grande festa é feita por Policarpo Golfão para assinalar um momento muito especial na construção da casa-grande de Cuja d'Água. Além do padre Gumercindo, também comparece à festa o padre Salgado, Fidalgo, o principal convidado. Policarpo Golfão, querendo que todos participassem da festa, fez vir até a casa-grande alguns índios maracás, trazidos pelo índio Nicodemos (ex-Sinimu). Almoço ao ar livre, depois da benção. Os escravos alegram a festa com danças e canções de suas tribos da África. Momentos de emoção em Cuja d'Água, quando a cumeeira é afinal levantada. Os foguetes do Bertoldo sobem junto com ela festejando-a. Policarpo Golfão para uma longa viagem cujas finalidades ele mantinha em segredo. Encontra na Bahia Almeidão, o hospedeiro, que lhe dá notícias do padre Salviano Rumecão. Mal chegado á Bahia, Policarpo envia recado à donzela Liberata, que lhe manda a ele resposta pela mesma pessoa, a costureira D. Rosa, mulher do Almeidão. Policarpo encontra-se com o padre Salviano, que lhe fala dos riscos que estavam correndo os traficantes no transporte de escravos nos navios negreiros. Policarpo e Liberata voltam a encontrar-se na igreja da Barroquinha, para as despedidas, na véspera da viagem dele. Policarpo, pela primeira vez, declara-se disposto a pedir quanto antes a mão de sua amada. Vai Policarpo Golfão ao Solar dos Sete Candeeiros em visita ao ouvidor-geral Teodoro Rumecão, para lhe agradecer a ele a carta de apresentação e lhe dar notícias dos proveitosos entendimentos havidos com Garcia d'Àvila na Casa da Torre. Volta Policarpo Golfão a encontrar-se na Sé com o padre Salviano, depois da recusa do ouvidor-geral ao pedido que fez da mão de Liberata. O padre Salviano Rumecão, mostrando-se sensível ao apelo de Policarpo, concede em ensejar um encontro dele com Liberata, para se despedirem. Eles se encontram na igreja da Sé, e tomam uma surpreendente decisão. Padre Salviano se mostra compreensivo em relação aos problemas e aos sentimentos de Policarpo. Enfim, a lua-de-mel de Liberata e Policarpo. Eles se descobrem o amor que tinham para dar um ao outro. Um amanhecer de muito amor, nos dias de muito amor em Cuja d'Àgua. Concluídas as obras de construção do cemitério da fazenda. Policarpo faz acelerar as obras da casa-grande a fim de conclui-las dentro de um mês, para então partir em sua expedição de caça aos índios Maracás. O alferes Percival, latoeiro de profissão, revela-se também afeito à bigorna. Vinda do padre Gumercindo a Cuja d'Àgua, per o cemitério no dia da sua inauguração. Notícias da chegada, a Monte Alto, do Fidalgo, e nova proposta para pagamento a dívida, que ele manda fazer a Policarpo por intermédio do padre Gumercindo. Chega a Cuja d'Àgua capitão Policarpo com os seus cavaleiros andantes, de volta da expedição contra os índios Maracás. Liberata, ante a surpresa do regresso do marido, lhe fala da surpresa que tem para ele. Embora surpreendido com o adiantado estado de gravidez de Liberata, depois de mais de três meses de ausência da fazenda, tem afinal Policarpo a revelação da verdadeira surpresa que o aguardava. Policarpo, tomando conhecimento dos atos praticados pelo caçador de escravos Domiciano, vem a saber o fim que teve o negro depois de castigado na encruzilhada. Conquanto mandasse o alferes Percival dispersar os homens, anuncia-lhes Policarpo que em breve partirão em nova expedição. Volta a expedição a Guia d'Àgua, depois de Policarpo Golfão vingar a morte do seu primo Quincas Alçada. Estranha ele que à sua chegada não o saudasse de novo José do Vale com novos foguetes A lenta e apreensiva subida da Colina, e os comentários de acontecimentos que ocorreram na ausência de Policarpo debaixo do teto de sua própria Casa. Depois de procurar em vão por toda a casa a sua amada, tem Policarpo afinal noticias dela. Um chamado urgente traz mais uma vez o Padre Gumercindo a Cuja d'Àgua. Onde se fala dos novos herdeiros de Policarpo.
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