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Bhagavad Guitá
((por Danuia))

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Dentro do imenso conjunto do Mahâbhârata, o Bhagavad Guitá, " Cântico do Bem-Aventurado Senhor", ocupa um lugar à parte; ele é um daqueles fragmentos especulativos inseridos no poema mas, pela sua composição e pela sua inspiração, constitui um todo autónomo.
Os primeiros livros da epopeia eram consagrados às causas longínquas, e depois ás causas mais próximas que vão opor dois clãs aparentados mas rivais da Índia do Noroeste; o Guitá situa-se no momento em que o combate vai começar.
Poema em diálogo, com setecentos versos, apresenta dezoito cânticos, os quais correspondem aos capítulos XXV e XLII do Livro VI do Mahâbhârata, dito LIVRO DE BHISHMA.
Tal como outros textos da Antiguidade indiana, também este não terá sido escrito de um só fôlego. A semelhança que apresenta com as formas upanishádicas levou-nos a interrogarmo-nos se não se trataria primitivamente de um Upanishad, feito como muitos outros, com fragmentos acrescentados e que teria divulgado o ensino Krishnaíta. As repetições, os temas que se entrecruzam, a imbricação das doutrinas Sâmkhya e vedântinas conduzem-nos, efectivamente, a uma perfeita atmosfera upanishádica. com efeito, não existe nenhuma maneira de, com segurança, se provar seja o que for sobre esta questão.
Deverá ser citada uma teoria recente defendida numa tese indiana (Suriva Jaiswal) que apresenta o Guitá, pelo contrário, como a gema de uma revelação em redor da qual teria vindo a organizar-se a jóia preciosa que é a Epopeia no seu conjunto.
Inserido na vastidão do Mahâbhârata, a grande epopeia da Índia, O BHAGAVAD GUITÁ, ocupa nele um lugar à parte.
O combate vai começar, Ardjuna, o Archeiro, o melhor dos guerreiros, vai defrontar em combate mortal os seus parentes mais próximos, os amigos, os mestres. Angustiado, interroga-se sobre o valor da batalha e o sentido da acção. Prepara-se para a entrega e a desonra. Responder-lhe-á o condutor do seu carro, cuja verdadeira identidade é Krishna. O diálogo assim criado vai estabelecer os fundamentos de exaltação do valor da acção prescrita pela condição de cada ser e o valor da renúncia aos benefícios dos actos produzidos. A via do recolhimento e da meditação como acesso ao conhecimento e à plenitude surge enquanto resultado da revelação que ocorre no ser.
Diálogo de intenso carácter espiritual, no qual o plano especulativo se confunde com a Vida, o Bhagavad Guitá encerra em si uma luz que, provinda de uma civilização e de um tempo, ilumina todas as civilizações, todos os tempos.



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