O Nada Diário (le Néant Quotidien)
(Zoe Valdes)
Uma novela cheia symbolisme onde cada personagem é uma imagem da realidade cubana. Os pais Yocandra, velhos, alienados e desilusionados pelos seus ideais representam a revolução cubana ao seu triunfo, no momento em que tem-se a esperança que as promessas realizam-se, mas que são desilusionados pela decadência do regime; o Nihilliste, um intelectual prosseguido, supervisionado e censurado por um regime que não apoia e que deia ao ponto de desejar o seu désaparition e à qualquer preços; o Traitre, o oportunista clássico das revoluções que teve êxito pela adulação mas que se destaca doravante do regime em decadência de medo de sofrer prejuízos se estas mudanças continuassem; o Linx, o cubano típico, rápido e débrouillard que sabe improvisar perante adversités e que sobrevive; Hernia, uma pessoa que não sabe sobreviver perante uma situação de decadência absoluta e que faz apenas ter-se pena de sem estar a tomar só uma decisão ou tomar partido para seja como for e por último Yocandra-Patrie, uma pessoa que cessou crer e se identificar à realidade circundante e que faz apenas végéter num diário absurdo e vazio. É para aquilo que decide alterar o seu nome tão simbólico e patriótico que os seus pais deram-lhe ao nascimento, cheios de esperança num futuro melhor e que prefere adoptar um que não tenha nenhum sentido e que esteja vazio como a sua própria existência. Reencontra-se nesta novela narration de Zoé, truffée érotisme, ?cão?, de humor e denúncia social e política mas sobretudo uma mistura de realismo mágica e o testemunho à primeira pessoa.
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