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Os 4 Cavaleiros Do Apocalipse (o Planeta Terra Na Uti!)
(Danilo Cesar Zenaro)

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Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
(A Morte Que Vem das Secas)

Na hora de matar, não há nada mais fatal que a falta d?água. Enquanto a seca mata 1.500 pessoas por ano só nos Estados Unidos, a soma das mortes causadas por fenômenos como terremotos e enchentes não passa de 200.
Animais, plantas e seres humanos, nada resta sobre a face da Terra quando a seca resolve dar o ar da sua desgraça. Ela traz a morte lenta, demorada e sofrida; e, por onde passa, deixa seus rastros: carcaça de animais, o chão ressecado, o mormaço e a infertilidade do solo. Graças a diques e açudes podemos ficar um certo período sem chuvas, mas, se esse tempo se prolongar demais, os estragos decorrentes da seca começam a tomar forma.
Apesar de ser mais comum em países tropicais, ela também pode surgir em qualquer parte do planeta. Mas não há como negar que a África é pródiga em produzir catástrofes associadas ás secas. Em 1982 a Tanzânia perdia mais de 150 crianças por falta de alimentos e de água. Dois anos mais tarde, uma série de secas ocasionou a morte de mais de um milhão de pessoas na Etiópia.
O mesmo número de habitantes passou fome no Quênia por causa de uma estiagem 20 anos depois. No Brasil, a seca já é velha conhecida da região Nordeste. Relatos apontam suas tragédias aqui já em 1583. Mas a coisa piorou muito no século 18 quando foram registradas duas grandes secas. Uma em Pernambuco, onde o governador ordenou que os fazendeiros locais levassem o seu gado para saciar a fome da população. A outra, bem pior se estendeu de 1790 a 1793. Cerca de um terço da população morreu.
A seca continua sendo um sério problema, e as medidas oficiais não impediram que o número de flagelados na seca de 1970 atingisse os 3 milhões. Mas esse não é um problema exclusivo do Terceiro Mundo. Em 1930 as cidades de Kansas e Colorado, nos EUA, viveram a maior seca do país. E, por conta dela, perderam plantações e centenas de pessoas morreram. A reconstrução de cidades demorou uma geração. Algo parecido aconteceu em março de 2001 no noroeste da China. E para piorar, a seca veio acompanhada de tempestade de areia.
Em julho de 1995, os Estados Unidos viveram a mais fatal onda de calor. Em Chicago, a temperatura média dos termômetros girava na casa do 38° C. Morreram 739 pessoas. Segundo o Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade de Delaware, a seca mata em média 1.500 norte-americanos todos os anos.
Além da falta de chuvas, outros fatores que contribuem no processo são os ventos fortes e as altas temperaturas. Em alguns países, o problema é agravado pela falta de investimentos para a construção de poços e meios de irrigação. Uma curiosidade: no Reino Unido bastam 15 dias sem chuvas para que a seca seja declarada; na Líbia, o mesmo ocorre só depois de dois anos.
Além da falta de chuvas, dos ventos fortes e das altas temperaturas, alguns cientistas apontam as explosões solares como mais um dos responsáveis pelas secas no mundo. As piores secas da história foram as de:

1960 Ásia Central: Perda de 60.000 peixes por ano;
1972 China: Perda de toda produção de trigo e milho;
1982 Tanzânia: 150 crianças mortas;
1982 Austrália: Prejuízo de 2 bilhões de dólares;
1982 China: Afetou a produção de cereais;
1982 Sul da África: Perda de 95 % do gado e desnutrição;
1995 México: 30.000 cabeças de gado mortas;
1995 Chicago: (EUA): 739 mortos;
1996 África e Oriente Médio: Mais de 230 milhões de famintos;
1997 China: Fome causada pela seca;
1998 Nova Guiné: 70 mortos;
1999 EUA: Perda da safra de algodão e a seca do rio Mississipi.

Com certeza, a água será o nosso bem mais precioso nos próximos anos.



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