Pequeno Poucet (le Petit Poucet)
(Perrault)
ANÁLISE PEQUENO POUCET de PERRAULT 1697 o quadro como vimos-o, o quadro do conto maravilhoso situa-se fora do espaço e o tempo reais. Pequeno Poucet começa por conseguinte como quê-lo tradição, com « Uma vez ». Isto coloca imediatamente o conto no passado e num outro mundo, e introduz o leitor, põe-no à disposição para uma história fora do comum. Nenhum dos elementos do quadro não é determinado: trata-se de um ano, uma fome, uma família, as madeiras, a casa. Isto excita a imaginação e permite a aderência do leitor afastando ao mesmo tempo l ?história da realidade para mergulhar-o em l? universalidade do mundo dos contos e o maravilhoso. Aquilo permite concentrar-se na intriga, que privada de determinação é aligeirada de um contexto a ter em conta. Pode-se observar que certos nomes comuns tomam uma maiúscula assim como nomes limpos (?a Mesa, a Floresta?). Trata-se de atribuir aos elementos do quadro no entanto indeterminados, uma função de marcador na intriga. Quase têm uma função simbólica. a floresta constitui um espaço largamente utilizado nos contos porque associada ao perigo, l `égarement e está oposição com o mundo civilisé. Além disso, permite a introdução e a despregadura da magia e a sobrenatural porque é um espaço fechado, labiríntico e nutritivo as crenças. Em Pequeno Poucet preenche perfeitamente estas funções. o marcador ?do maldoso? é igualmente um estereótipo, descobrimos o castelo e a noite preta como tantos sinais colectivos e folclóricos que recordam épouvante e o mal nas tradições medievais. A falta de originalidade do espaço explica-se pela vocação do conto explorar o inconsciente e os símbolos colectivos. O momento do desenlace passa-se à manhã, assina do renascimento e a dissipação o mal. o quadro Pequeno Poucet é por conseguinte significativo dos contos maravilhosos do século XVII. Trata-se de um espaço anónimo, simbólico, schématisé e manichéen. Podemos realmente falar de universalidade no que diz respeito a este quadro porque recorre às tradições populares e literárias do século XVII. os acontecimentos vamos em primeiro lugar encarar Pequeno Poucet de acordo com um esquema actanciel limpo aos contos que são as funções de Propp. Trata-se de uma abordagem structuraliste evocada nas Raizes históricas do conto maravilhoso (1946) e a Morfologia do conto (1928). Há a unidade de medida do conto que é para ele ?a acção de um personagem definida do ponto de vista da sua significado no desenrolar da intriga.? são definidas assim trinta e umas funções que se repartem entre os diferentes personagens. Estas funções são agrupadas em sete esferas de acções que correspondem cada uma um personagem-tipo: o agressor, o doador, o auxiliar, o personagem procurado, o mandateur, o herói e o falso herói. de acordo com a morfologia Propp, o conto compreende primeiro uma parte preparatória: aqui a situação da família e a decisão dos pais de abandonar as suas crianças. Segue seguidamente o prejuízo que é constituído aqui pelos dois abandonos das crianças. Vem seguidamente o momento de mediação ou momento de ligação; aqui aquilo corresponde à investigação do papel de heróis por Poucet perante as lamentações dos seus irmãos. de acordo com Propp é lá que intervem o início da oposição ao agressor: a chegada ao castelo, seguidamente a função do doador quando a mulher ogre oferece-lhes a banda e a sua protecção. No que diz respeito à reacção do herói aquilo consiste aqui no engano Poucet para fujir sem égorgé. Intervem seguidamente o objecto mágico. Em Pequeno Poucet, esta função é tida pelas botas de sete milhas. Ainda não são adquiridas mas são reveladas ao leitor. Vem seguidamente a transferência até ao lugar fixado, que pode-se localizar na fuga crianças. O combate contra o maldoso é explorado sob a perspectiva do engano quando Poucet despoja ogre graças às botas. A marca imposta aos heróis pode ser localizada quando as botas fazem-se aos pés Poucet. A desapossessão das botas e o tesouro ogre simboliza a vitória sobre o agressor e o regresso Poucet à casa onde é acolhido com qual fazer viver a sua família aqui representa reparar de prejuízo e da falta. Aquilo conduz igualmente transfiguration porque a criança souffre-douleur torna-se a criança pródiga. A etapa da subida sobre o trono é marcada aqui por Poucet ao serviço do reino. estamos por conseguinte em condições de afirmar que Pequeno Poucet corresponde completamente à esta construção narrativa clássica dos contos. Aquilo permite-nos estudar este conto como representativo do conto maravilhoso em geral; aquilo permite-nos ver igualmente o mecanismo relativo aos acontecimentos do conto. Recorre à uma lógica de fricção limpa ao maravilhoso: simples e incluindo os fenómenos mágicos como fenómenos normais. A intriga é simplificada em os proveitos de motivos propícios às variações temáticas como os personagens, o que supõe que é o herói que se torna o apoio principal e a encarnação dos valores. Independentemente desta morfologia vemos que todos os acontecimentos concorrem para focalizar a atenção do leitor sobre o herói e sobre a noção de provas e de cumprimento. Estes acontecimentos estão ao serviço do cumprimento do herói e não são válidos único na sua dimensão de provas. Estes acontecimentos devem ainda mais interpretar-se como provas que apresentam uma gravidade desproporcionada em relação à idade dos protagonistas.
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