Pedra E Jean, 1888. (pierre Et Jean, 1888.)
(Guy de Maupassant)
Pedra e Jean, quarta novela de Indivíduo de Maupassant (1850-1893), foi publicados em três vezes na Nova Revista, entre 1 Dezembro de 1887 e o 1 Janeiro de 1888, antes de parecer em volume em Ollendorf, que acabava de editar o Horla. Demasiado frequentemente ocultado famoso pelo texto teórico intitulado ?a Novela? que precede-o sem estar a constituir correctamente à falar o Prefácio, este curto considerar - longa notícia ou ?pequena novela?, como qualificava-o ele mesmo o autor - constitui contudo, no plano formal como o tratamento de temas obsessivos e a visão do mundo que supõe, uma das obras mais fortes de Maupassant. o Sr. Roland, antigo joalheiro parisiense passionné de navegação, retirou-se à Abra com a sua mulher e os seus dois fios: Pedra, aîné, jovem diplomado de medicina, e Jean, o seu júnior de cinco anos, que acaba de terminar o seu direito. Durante uma parte pesca familiar em companhia de um jovem viúvo, a Sra. Rosémilly, os dois irmãos, para agradar à jovem mulher, entregam-se à uma frénétique competicão rame que revela, sob uma aparência de união e afeição, rivalité que opõe-o. A noite mesma, saber que Maréchal, um antigo amigo da família, acaba de morrer em Paris e que lega qualquer sua fortuna à Jean. Pedra sente então insinuar-se nele um irrépressible sentimento de inveja, ao qual vem cedo sobrepôr-se um terrível suspeita - Jean seria realmente os fios Maréchal -, despertada pelos insinuations do farmacêutico Marowsko, à que acaba de aprender a notícia (?aquilo não fará bom efeito?), e de uma que serve de cervejaria (?aquilo não é que surpreende que você assemelha-se assim pouco?). A partir deste momento, a dúvida vai fazer o seu caminho no espírito do jovem doutor, até a tornar-se ?um intolerável certeza?. Progressivamente do seu inquérito, no curso do qual o aumentar das lembranças escondidas e a interpretação dos sinais confortam-no gradualmente nas suas suposições, Pedra começa incomodar a sua mãe, todo deixando cada vez mais livre curso à sua inveja para com o seu irmão - tornada em certa medida legítima aos seus olhos. Porque Jean parece dever obter qualquer que ele cobiça: fortuna, mulher (vai casar com Sra. Rosémilly), apartamento? Pedra termina por ele revelar o segredo do seu nascimento: ?Digo que todos ciciam, que todos colporte, que és os fios do homem que deixou-o a sua fortuna. Eh bem, um rapaz limpo não aceita o dinheiro que desonra a sua mãe.? Interrogada, esta confessa a verdade à Jean, que lhe perdoa. Ambos os decidem afastar Pedra, os fios legítimos. Este compromete-se como médico naval e embarca-se sobre a Lorena. como frequentemente em Maupassant, considerar obedece, vê-o-se, estrito ao linearidade de um encadeamento trágico implacável. A implacável também para o leitor, que pode quase crer até à extremidade ou o delírio jaloux de Pedra, e que vem surpreender e desesperar-se, num sentido, ausência de ressalto: como o paranóico finalmente sempre vítima do perseguição que ele fantasme, o jovem médico (que não falta de estudar em clínico a evolução da sua própria patologia, alternando, a propósito do seu caso, entre clairvoyance e aveuglement), mû pela sua inveja maladive, vem à imaginar uma traição? que revelar-se-á efectivamente ter tido lugar. Não escapa nada assim ao pessimismo radical de Maupassant: porque a loucura do investigador não exclui a realidade do crime, e reciprocamente. Quanto ?à moral? de a história, realiza-se com éviction dos fios legítimo em proveito bâtard, como um final démystification da família bourgeoise. Traição e adultèrio, fios ilegítimos, transmissão do bem, rivalité entre irmãos, obsessão do duplo, procura da identidade? Embora ancorado na realidade social do seu tempo, Pedra e Jean aborde temas arquétipos que retornam aos mitos e as tragédias antigas ou bíblicas (pensa-se, designadamente, à o inquérito ?dipe, à vingança Oreste, rivalité Abel e de Caïn?). e fá-lo sobre o duplo modo considerar ao mesmo tempo subjectivo - o ponto de vista adoptado, quase de uma extremidade ao outro da novela, o de Pedra, do qual seguimos os pensamentos - e objectivo - a psicologia clássica que deixa aqui o coloca à uma autoanálise quase científica de uma lucidez effrayante. No total, se, como em números considerar fundadores, a divulgação ?do segredo de família? é efectivamente objecto desta procura morbide e masoquista, a verdade não se deixa nunca realmente limitar. Continua a ser sempre indiscernable do fantasme, enveloppante e insaisissable como ?uma bruma? - o último palavra do livro. Adição a pedido do editor que julgava o volume ligeiramente demasiado magro, o texto intitulado ?a Novela? que precede Pedra e Jean inscreve-se em o movimento das críticas do naturalisme empreendidas por Flaubert, em reacção às teorias radicais de Zola. Maupassant lá propaganda um realismo ?visionnaire?, ?illusionniste? (?o Realista deveriam chamar-se antes Illusionnistes?). ?O realista, se é um artista, procurará não à nós mostrar a fotografia banal da vida, mas dar-nos uma visão mais completa, mais que apreende, mais convincente que a realidade mesma.? Tão ao argumento para uma reconciliação da novela de análise e a novela objectiva, encontra a sua realização considerar que segue, onde Maupassant, viu-o-se, conjuga-se as duas abordagens.
Resumos Relacionados
- A Terra E O Moinho (la Terre Et Le Moulin)
- Encontro Com Os Mais Meus Fios (rendez-vous Avec Mon Fils)
- Coração De Pedra (coeur De Pierre)
- Os Miserables (les Miserables)
- O Jardineiro Espanhol (le Jardinier Espagnol)
|
|