Etreintes (etreintes)
(Bouthaïna Azami-Tawil)
Yasmine? E aquilo fazia muito tempo, anos, que mais não tivesse visto um corpo de mulher nu. Uma eternidade. Desde o da minha mãe e os seus seios ao contorno que tem-se tornado incerto, que deslizavam para baixo, ligeiramente mais cada dia, num barulho de avalancha. Conhecia cada parte côncava cada enrugar, afogava-se, metia-se nas fendas desta carne cujo sal colhia à cheias mãos cheias lábios cheio corpo perdido affamé e as minhas mãos striées, como um espelho, tivessem guardado os reflexos destas dobras arabesques gravados e de dores cruciformes, em vertigens elliptiques e milhares de griffures, linhas que formavam, às encruzilhadas dos caminhos, nós que nunca? nunca tive êxito a desfazer. (...) Yasmine? E primeiro tinha crido à uma duna de areia? Seguidamente a imagem fez-se mais precisa? Uma cabeça? adormecida sobre um braço desmedidamente longo do qual não se via o fim, cuja mão não se via, cujos dedos às extremidades líquidas tivessem-se diluído certamente na pele da terra, confundidos com ela na mesma transparência. Interroguei-me contra a minha vontade se tiver desejo destes seios que adivinhava insouciants, puros, inconscientes sem história deste corpo, intacto, deste ventre certamente plano imaculado sobre o qual os meus dedos não reencontrariam este immonde lanho que me levantava o coração de um amor horrorizado, imenso encerramento relâmpago cousue mesmo à pele de que gostava abrir e fazia, deslizando, um barulho agradável, este barulho que fazem as coisas que se deixam realizar, os destinos cansados que se deixam dar forma, que não se opõem e casam com os nossos desejo. E deixava-me engulir pela ferida boquiaberta. Desta ferida nasci?
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