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Cântico Dos Cânticos (comentário Geral)
(Manoel Antônio de Andrade Barbosa)

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Todo o enredo bíblico, desde Gênesis até Apocalipse, percebe-se uma relação cada vez mais intensa e progressiva entre Deus e o homem, Jeová e Israel, Cristo e a Igreja. De forma alegórica, as figuras do noivo (Jeová/Jesus) e da noiva (Israel/igreja), se tornam os protagonistas da maior história de amor de todos os tempos, veiculada pelo registro bíblico. O formato literário de vários oráculos proféticos, como o de Ezequiel 16, resume em linguagem romântica, o relacionamento entre Deus e Israel. Especificamente neste episódio, ficamos chocados diante do fato da virgem ter sido tão cruelmente desprezada, quando do seu nascimento; enternecemos-nos com a misericórdia e o amor que o Rei demonstra por ela; decepcionamos-nos com a soberba, a infidelidade e a deslealdade daquela que havia sido feito rainha; sentimos-nos perplexos, diante da indignação, furor e ira do Rei que promete punição e correção; mas sentimos de forma intensa e com grande emoção, o amor sem medida e a misericórdia do Rei, ao prometer restabelecer a aliança e perdoar aquela que o havia desprezado, quando ela se arrependesse. Estas são as linhas gerais que descrevem O Maior Romance de Todos os Tempos, através de toda a Escritura Sagrada. Assim, Cânticos canta esta história de amor em versos, fazendo pulsar forte o coração numa explosão de sentimentos e emoções. Num primeiro plano, em meio a versos de louvor e apreciação ao amado e à amada, o cântico profetiza e faz uma clara alusão aos acontecimentos históricos que deveriam ocorrer com Israel: sua prostituição espiritual e afastamento de Deus, seu cativeiro, seu sofrimento, sua busca por Deus, o seu reencontro com Ele em terra estrangeira (na Babilônia), e o seu retorno para a terra da promessa, quando então abandonariam de vez o duplo ânimo que os acometia, fazendo-os oscilar entre obedecer ou não ao Senhor, entre servir ao Senhor ou aos ídolos; o que realmente ocorreu e se cumpriu na história de Israel. Num plano mais abrangente, o cântico fala do amor de Cristo pela Igreja, da fidelidade, perfeição e beleza da noiva de Cristo, da relação entre Deus e aquele que crê, das lutas e aflições dos fiéis no mundo, e da ardente expectativa e esperança do retorno do noivo para a sua amada noiva, ou seja, da segunda vinda de Cristo para buscar a sua igreja. O leitor pode se perguntar: onde se encontram estas coisas no livro de Cântico dos Cânticos? Para responder a isto, é necessário um estudo comparativo do livro com outras porções das escrituras, de forma que se possa reunir e comparar as passagens bíblicas que retratam as imagens e cenas do poema, selecionar cada passagem por meio de palavras chaves, comparando o sentido dos textos pesquisados com o sentido geral ou específico de cada parte do poema. A título de exemplo podemos demonstrar a extraordinária semelhança de sentidos entre alguns textos de Ezequiel, Lamentações e Jeremias com a passagem de Cânticos 1:5,6. Em Ezequiel vemos que Judá foi considerada por Deus como irmã dos povos babilônico: (...) Tal mãe, tal filha. Tu és filha de tua mãe, (...); e tu és a irmã de tuas irmãs, (...) vossa mãe foi hetéia, e vosso pai amorreu. A tua irmã maior é Samaria, (...) e tua irmã menor (...) é Sodoma... (Ezequiel 16:44-46). Foram considerados assim porque andaram em todos os costumes destes povos. Chegou então o tempo em que o rei da Babilônia, Nabucodonozor, se indignou contra Jerusalém, invadindo a cidade, matando seus valentes, saqueando seus tesouros e escravizando seu povo, obrigando-os a trabalhos forçados do cultivo da terra e da guarda de suas vinhas. Por causa deste acontecimento Jeremias lamenta profundamente e diz: Como jáz solitária a cidade outrora populosa! Tornou-se como viúva a que foi grande entre as nações; princesa entre as províncias, ficou sujeita a trabalhos forçados! (...) Judá foi levada a exílio, afligida e sob grande servidão; habita entre as nações, não acha descanso... (Lam.1:1-3). Assim, aquela que fora uma linda princesa entre as províncias, agora morena de tanto trabalhar ao sol, fala de si mesma: Eu estou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão. Não olheis por eu estar morena, porque o sol me queimou; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a vinha porém que era minha, não guardei (Ct.1:5-6). Judá foi infiel para com Deus, assim ele permitiu que os filhos de sua mãe, os babilônios, viessem contra ela e a obrigassem a trabalhar em suas vinhas. Mas mesmo assim, Ele ainda lhe faz uma promessa: Assim diz o Senhor: Eis que acabarei o cativeiro das tendas de Jacó e apiedar-me-ei das suas moradas (...) e ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus (...) ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes e sairás com o coro dos que dançam. AINDA PLANTARÁS VINHAS nos montes de Samaria... (Jer. 30:18,22 e 31:4-5). Assim, Deus promete que ela voltaria a cuidar de suas próprias vinhas, em sua terra, em Samaria.Da mesma forma, também é extraordinária a evocação final entre os últimos versos de Cânticos e Apocalipse, demonstrando explicitamente a correlação da mensagem do poema com o sentido geral da mensagem de amor que perpassa toda a Bíblia, quando dizem: VEM DEPRESSA amado meu...(Cantares 8:14)... O ESPÍRITO e a NOIVA dizem: VEM (...) AMÉM. VEM, SENHOR JESUS (Apoc. 21:17 e 20).



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