O Pai Goriot (le Père Goriot)
(balzac)
O Pai Goriot tem um lugar mais que espec�fico na obra de Balzac dado que este livro foi do projecto dantesque que tornar-se-� a Com�dia humana. N�mero de personagens entra assim em cena para reaparecer � vontade das novelas a virem, como Vautrin, antigo for�at e corrupteur que reencontrar�-se atrasado alguns anos nas Ilus�es perdidas (1839) seguidamente Splendeur e mis�rias dos courtisanes (1847). Outra figura mythique que assombrar� ainda gera��es de manuais de hist�ria liter�ria: A Sra. Vauquer, insepar�vel da pens�o do mesmo nome da qual � o digno tenanci�re, e que n�o � nada de outro que o bojo inf�me no qual vai amarrar-se o destino tr�gico dos protagonistas deste drama. Eis ligeiramente na hist�ria: Goriot, pai deteriorado e s�nile, arruina-se para pagar frasques das suas raparigas adoradas, Delphine e Anast�sia, duas jovens mulheres casadas � aristocracia parisiense. Rastignac, pensionista como ele do estabelecimento Vauquer, � intrigado pelas vindas incessantes das jovens mulheres. Por verifica��o e dedu��o adivinha ent�o o segredo do velho homem e comove-se da sua hist�ria. Courtisant Delphine, frequenta o grande mundo do qual n�o demora a compreender os denteamentos: s� o dinheiro h� em mestre. Tentation oferece-se � ele ao favor de Vautrin, homem ao passado turvo que convida-o a casar-se com Victorine Taillefer, jovem pessoa ao dote mais que consequente. Qual partido tomar�? O Pai Goriot � um livro sombrio, um livro de uma l�gica implac�vel: p�e em jogo os mecanismos de uma sociedade pervertie onde enfrentam-se cupidit� e convoitise. Balzac t�-los-� posto em guarda: aquilo n�o � ?nem uma fic��o nem uma novela?. E n�o esquecem, ?cada um pode reconhecer os elementos nele, no seu cora��o talvez?.
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