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Philippe Auguste E O Seu Governo (philippe Auguste Et Son Gouvernement)
(John W. Baldwin)

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Nunca duvidou-se do papel capital do reino de Philippe Auguste (1179-1223) ?na decolagem? do poder real, e o prestígio deste soberano na memória colectiva não usurpou nada.

mas muito tempo tem-se enganado-se ao mesmo tempo sobre as modalidades e sobre as etapas deste desenvolvimento. Tributário de fontes anglo-normandes mais fornecidas e mais facilmente exploráveis que a documentação francesa, a historiografia tradicional tem, além disso, privilegiado o factor militar. A incorporação da Normandia ao domínio real (1204), procurando ao rei um acréscimo de recursos e um modelo administrativo, teria permitido à ela só a atenção da monarquia francesa.

Dez anos atrasado, a vitória de Bouvines teria sido suficiente sentar a dominação capétienne sobre o Ocidente.

um reexame atento dos arquivos conhecidos e a consideração descobertas recentes (certos papéis fiscais por exemplo) permite afirmar que ?a década decisiva? do reino abre-se não nos primeiros anos século X mas ao redor de 1190 e encontra o seu cumprimento com a tomada de possessão da Normandia.

é durante os anos 90 que, com a ajuda ?de homens novos?, o rei gere o Domínio diferentemente que como um simples conjunto de seigneuries; que através da justiça (com os baillis e os sénéchaux) e as finanças (Câmara das contas) alega vigorosamente os seus direitos; que aparece um autêntico orçamento (despesas e receitas); que o seu ambiente dota-se de instrumentos estatísticos _ há um verdadeiro ?espírito de balanço? _ que não é não somente uma cópia das práticas anglo-normandes; que por último instauram-se os lineamentos de uma ideologia real e uma cultura política um tanto liberadas da influência dos cleros.

um formidável crescimento de recursos e de potência segue-se para um poder doravante fixado em Paris. A aposta ao passo de elevados barões pouco habituados a ver o rei falar em mestre, o enfraquecimento do Plantagenêt, a penetração no Meio-dia são então possível.



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