A Sociedade De Príncipes (la Société Des Princes)
(Lucien Bély.)
Nos reinos dos Tempos modernos, a vida de um príncipe era negócio de Estado, e seguia-se com paixão as etapas, da sua pequena infância aos seus funerais.
o Seu destino era inseparável do dos outros monarcas, frequentemente os seus pais. Os soberanos constituiam também uma sociedade fechada na cristandade e mantinham relações cruciais: François 1 e Henri VIII rivalizaram faste ao Campo do pano de ouro; Joseph II viajou incognito para aconselhar Marie-Antoinette e Louis XVI. Neste círculo das cabeças coroadas, os relatórios pessoais definiam as relações internacionais, porque significavam a guerra quando os monarcas aproveitavam das crises de sucessão para reforçar a sua potência, mas eram igualmente sinónimos de paz quando os casamentos princiers favoreciam as reconciliações.
Reunir múltiplos testemunhos sobre as grandes dinastias, este livro oferece um quadro coloré desta sociedade europeia dos soberanos, na qual a emulação, rivalités e os conflitos não excluiam relações sólidas e onde as mulheres tinham um papel essencial, dado que asseguravam a continuidade de uma casa e o futuro da monarquia. Revela em especial as regras e as leis secretas deste mundo à parte. Ao fio do tempo, a humildade do príncipe cristão dá o lugar à uma douta aposta em cena da majestade real, seguidamente os príncipes das Luzes procuraram livrar-se do constrangimento do cerimonial e aproximar-se dos seus assuntos.
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