Nepotismo
(Anônimo)
Nesta época de crise no Brasil, muito vem sendo discutido sobre o nepotismo político. A lei permite, mas a sociedade condena, então por que políticos ainda insistem em nomear parentes para cargos públicos? É difícil entender, muitos fatores contribuem para essa prática nociva: corrupção, impunidade e, até mesmo, as pessoas, em geral, que são conformistas e não lutam por seus direitos.
Políticos dizem, que parentes não podem ser discriminados, somente, por serem parentes. Mas eles estão completamente errados, já que todos que quiserem um cargo deverão fazer um concurso, inclusive seus parentes, logo esses não serão discriminados de forma alguma.
A confiança ilimitada dos políticos, nos seus familiares ou nas suas capacidades, é também preocupante. É bom lembrarmos do caso de Pedro Collor, que denunciou o próprio irmão, ou o de Nicéia Pitta, que depôs contra o próprio marido. Nem sempre parentes são sinônimos de lealdade, honestidade ou competência.
O direito de poder trabalhar com quem quiser é uma reivindicação da classe política, para justificar o nepotismo. Entretanto, a ética trabalhista deverá ser preservada e os concursos, justos e honestos, estão aí, para selecionar empregados competentes.
Desculpas vão, desculpas vêm, mas na verdade, é proveitoso empregar parentes, pois estes estarão trabalhando e a família acumulando renda. E, por isso, apesar desta prática desleal denegrir a imagem do político, o nepotismo vem sendo usado com muita freqüência. O candidato a um cargo eletivo sabe que as instituições políticas são bastante frágeis, que grande número de eleitores é pouco esclarecido e, portanto, que ele acabará por receber seu voto. Somente uma legislação severa e eficiente poderá derrotar essa irregularidade e democratizar o acesso ao emprego.
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