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Poética
(Aristóteles)

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Esse texto de Aristóteles exerceu grande influência em todo o conhecimento. O paradigma criado por ele aí, só foi modificado muitos séculos depois por Shakespeare. É um marco na história da arte e na história da filosofia. Infelizmente, chegou até nós de forma incompleta e com caráter esotérico; isto é, foi criado para ser utilizado pelos alunos do Liceu (a escola fundada por Aristóteles após deixar a Academia de seu mestre Platão), e não para publicação.
Na primeira parte da Poética, Aristóteles coloca as várias formas de poesia imitativa e as classifica segundo o meio da imitação. Isto traz a necessidade de haver uma classificação de acordo com a imitação praticada. Também isto é uma classificação, pois como conferimos nesta parte, a métrica é um dos diversos meios que se tem para classificar poesias.
Na segunda parte é feita uma classificação segundo o objeto da imitação. Vemos claramente nesta parte a relação entre a Poética e a Ética aristotélica. É dito que como a poesia é imitativa, e essa imitação se dá sobre algum tipo de ação humana praticada, e quem as pratica necessariamente são indivíduos; concluímos que estes indivíduos podem ser homens virtuosos ou viciosos. Desta forma, a poesia que trata de homens phrónemos, homens prudentes e virtuosos, geralmente é a tragédia, que seria considerada uma poesia superior. Ao contrário desta, a comédia, trata de homens viciosos e é considerada uma poesia inferior.
Na terceira parte é feita uma classificação segundo o modo de imitação. Consiste basicamente na diferença entre poesia narrativa, poesia mista e poesia dramática. Na quarta parte faz um levantamento histórico da poesia desde suas origens, e na quinta parte fala sobre a evolução do gênero da comédia. Boa parte dedicada à comédia por Aristóteles, acredita ter se perdido com o passar dos anos, e não encontramos aqui, mais do que algumas referências.
É na sexta parte que se encontra então, o enfoque da Poética como nós conhecemos: a tragédia. A partir deste ponto, Aristóteles desprende grande esforço para tentar explicitar todas as nuances da tragédia. A poesia para Aristóteles é imitação. Ela consiste de toda a arte que imite caracteres, paixões e ações. Realiza essa imitação por meio de narrativas e gestos, sons e ritmos. Difere-se da filosofia por não ser um conhecimento teórico da natureza humana e sim uma imitação narrativa ou dramática de ações e sentimentos, feitos e virtudes, situações e vícios dos seres humanos.
De fato, esta é uma belíssima obra, e tem como conceitos fundamentais, dois pilares para a compreensão de toda a arte poética: a mimesis e a kátharsis. Sem elas o empreendimento do trágico perderia sua significação e sua beleza.



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