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Fahrenheit 451
(Ray; Bradbury)

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Escreva o seu resumo

aqui.



FAHRENHEIT 451 – A TEMPERATURA NA QUAL A LIBERDADE DE

EXPRESSÃO INCEIDEIA



Imagine um mundo em que os livros constituam uma ameaça
ao

sistema, uma sociedade onde eles são terminantemente

proibidos. Para extingui-los, basta chamar os bombeiros
?

profissionais que antes se dedicavam a apagar
incêndios,

mas que agora são os responsáveis pela manutenção da
ordem,

queimando publicações e impedindo que o conhecimento se

espalhe como epidemia. Para exaltar e fortalecer a

alienação em que vive essa nova sociedade, anestesiada
por

informações triviais, as casas dispõem de televisores
que

ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem “famílias”
com

as quais se podem dialogar, o que comumente hoje
chamamos

de reality shows, e esses programas fossem exibidos
como

se fatos reais.

O enredo bastante simples é ambientado numa cidade dos
EUA,

mas não há nada de futurista em sua paisagem; não há

grandes aparatos tecnológicos ou aquela limpeza
orgânica

que costuma cercar as narrativas localizadas num porvir
em

que a ciência transformou o habitat humano num grande

laboratório. A cidade de Fahrenheit 451, em resumo, é

apenas um pouco mais sombria e opressiva do que a
maioria

das metrópoles contemporâneas, com seu misto de
progresso

industrial e deterioração do tecido urbano, onde

moderníssimos meios de transporte atravessam bairros

decadentes e onde as pessoas vivem na profunda solidão
da

modernidade.

Este é cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que

atravessa séria crise ideológica e existencial. Sua
esposa

Mildred Montag vive a base de pílulas que embalam sua

irrealidade cotidiana. Mille como também é chamada
passa o

dia entretida com seus “parentes televisivos”, enquanto
ele

trabalha arduamente para comprar-lhe a tão sonhada
quarta

parede de TV. Suas vidas são vazias.

Guy Montag tem sua vida transformada, quando conhece a

vizinha Clarisse McClellan, uma adolescente que
questiona o

mundo à sua volta e leva Montag a fazer o mesmo. O

desaparecimento misterioso de Clarisse faz com que
Montag

se rebele contra a política estabelecida, e ele passa a

esconder livros em sua própria casa. Denunciado por sua

ousadia, é obrigado a mudar de tática e a buscar
aliados na

luta pela preservação do pensamento e da memória. Um
desses

aliados é o professor Faber que o ajuda a entender a

importância dos livros. Num ato de loucura mata seu
amigo

e capitão da corporação de bombeiros Beatty, que
desempenha

o papel de inquisidor-mor da modernidade.

Perseguido pelo Sabujo, uma espécie de cão farejador

eletrônico cuja função é controlar as pessoas Guy
Montag

refugia-se em uma comunidade de intelectuais em que
cada um

de seus membros decora uma obra da literatura universal
na

memória. Assim eles se sentiam protegidos da
perseguição

implacável do sistema.

Fahrenheit 451 foi filmado por François Truffaut em
1966,

com Oscar Werner no papel principal. Fahrenheit 451 é
não

só uma critica à repressão política mas também à

superficialidade da era da imagem, a falta de

comunicabilidade entre as pessoas, e sobretudo o vazio
e a

crise existencial sintomática do século XX e que ainda

afeta muito seres humanos.

Ray Bradbury criou um mundo em que os livros entram

em combustão a exatos 451 fahrenheit, o que equivale a

232.7777777778 graus Celsius. Publicado pela primeira
vez

em 1953 inicialmente com o título de Fire Man,
Fahrenheit

451 ainda instiga o imaginário do leitor do inicio do

século XXI com sua metáfora de uma civilização onde o
livro

é visto como algo subversivo.



BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451: a temperatura na qual o

papel do livro pega fogo e queima. Tradução de Cid
Knipel;

prefácio Manuel da Costa Pinto. São Paulo: Globo, 2003.



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